“PARTIDOS POLÍTICOS”
reflexão
Todos os povos (pessoas) gostam de sonhar.
Porém, também chega um momento em que já não querem que se lhes contem mais histórias e começam a exigir factos, resultados e testemunhos.
Em Portugal, a mudança de regime, da Ditadura (salazarenta) para uma Democracia (enfezada), está a passar, como que por brasas, do pluripartidismo multicolorido ao bipartidismo de tom bege (tom de carame(erda)lo langonha), ou cinzento, ou, mais (des)acertadamente, alaranjado , onde o tom de cor-de-laranja se parece com o de cor-de-rosa pálido e o cor-de-rosa «foge» para o cor-de-laranja-vivo, a disfarçar um partidismo único, em que o poder do Governo e o da Oposição se compensam e equivalem por trás da cortina
O declínio moral e social dos Partidos parece querer dizer-nos que estão de regresso às suas características embrionárias: puras facções em luta pelo poder, sem qualquer preocupação como bem comum.
Os principais Partidos políticos estão muito mais preocupados e empenhados no fortalecimento do seu vínculo com o Estado do que com a Sociedade Civil!
Os Partidos políticos fazem mais o papel de Mediadores (aliás, muito fracos) entre esta e aquele, entre a Sociedade Civil e o Estado, do que o papel de representantes.
Por este andar, pouco falta para que seja o Estado a ser o intermediário entre os Partidos e os Cidadãos!
Os Partidos não podem (não devem), quanto a nós, esquecer os seus fins originários. Aqui, neles, está uma insubstituível legitimidade.
Cartoon de Pawla Kuczynskiego – Cartunista polaca
Nem o PS nem o PSD actuais, para referir «os de sempre» nas cadeiras da Governação, têm manifestado clareza e franqueza na expressão da ideologia em que foram criados.
As acções políticas de cada um deles pouco ou nada se têm parecido com os seus princípios fundadores.
E em todos os Partidos, talvez por efeito de contágio, e de “transmigrações infecciosas”, se nota uma crescente (e lamentável) perda daquele élan com que se apresentaram aos Portugueses na aurora de um 25 A colorido com tantas esperanças - o seu contributo para uma Democracia consolidada e garantia da soberania nacional.
Há que lembra-lhes a importância que lhes cabe na expressão da vida democrática da Nação.
Não podem, não devem, conformar-se aos grupos (ou grupinhos) de interesses nucleares - os interesses nacionais merecem-lhes e exigem-lhes a primazia em relação aos interesses particulares legítimos.
Estes Partidos, PS e PSD, cada vez mais se afastam da sua responsabilidade democrática.
Transformaram-se em “Partidos de Barões”!
Ou de «Garotões”!!!
Instalaram-se e consolidaram-se com a adesão de fortes grupos de interesses egoístas e a ingenuidade de um Povo que se contenta com a festa das Eleições e o foguetório do voto!
É mais que notório que, no catecismo das obrigações partidárias, a observância das regras hierárquicas é o seu mandamento primeiro.
O PSD e o PS estão a deixar de ser verdadeiros Partidos para serem apenas umas Organizações.
Ambos estão a deixar de ser um meio para se obter um fim, transformando-se eles próprios num fim, com metas e interesses próprios, distinguindo-se do conjunto de cidadãos que, afinal, representam.
“E quem diz Organização diz Oligarquia. A Organização é a que dá origem ao domínio dos elegidos sobre os eleitores, dos mandatários sobre os mandantes, dos delegados sobre os delegantes”, ensina Michels.
Os Partidos, quanto à sua Direcção têm uma aparência democrática, porém, na realidade, oligárquica.
Os Partidos, quanto a nós deveriam representar os Votantes e não só os membros!
E a representatividade é perfeitamente concebível sem Partidos - veja-se, p. ex., o MAI – com Chaves no coração
Estes Partidos políticos, retrógrados e estáticos, conduzem os destinos do País para o abismo - ou para o «Tera do Nunca»!
Estes Partidos políticos mandaram às malvas a sua responsabilidade e o seu compromisso pelo interesse colectivo.
Há que lembra-lhes, e muito especialmente às alimárias que formam o Governo actual e ao farsola que tão afincadamente o agasalha, que a Democracia é a forma e o meio para a Liberdade e a Igualdade!
Há que lembra-lhes a ética e o compromisso da Responsabilidade!
Luís Henrique Fernandes
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