A resposta é bastante fácil. Desde Outubro de 2007 que o cenário se repete, diariamente, sem excepção. Quem segue as publicações neste blogue sabe-o e as imagens não deixam margens para dúvidas.
Os principais responsáveis são os diversos executivos que têm ocupado a CMChaves desde essa data. Primeiro os do PSD e actualmente os do PS. A questão não é dizer se uns são mais responsáveis do que outros, pois são exactamente iguais. A diferença traduz-se apenas em dias e as semelhanças, em silêncios, consentimentos, encobrimentos, muita incompetência e mentiras sucessivas.
Depois temos as diversas Juntas de Freguesia, em que a de Outeiro Seco ganha por pontos no que às mentiras diz respeito. As outras Juntas de Freguesia também directamente afectadas, como sendo a de Santa Maria Maior e a da Madalena, são peritas no silêncio e permitem que o Tâmega lhes corra sujo e poluído a seus pés.
Por fim, não podem ser esquecidas as entidades fiscalizadoras e são muitas, para na sua maioria nada fazerem. Sei que o SEPNA vai lá periodicamente, mas pouco mais pode fazer do que instaurar autos de notícia que, como toda a gente sabe, infelizmente não dão em nada, nunca deram em nada e assim continuará e, não é por falta de vontade deles. Também temos a Agência Portuguesa do Ambiente e por exemplo o Ministério Público, também eles responsáveis por fiscalizar e investigar estas situações, mas aqui já entramos na área das anedotas e hoje não me apetece contar nenhuma.
Fonte: Diário @tual, 11 de Março de 2017
Desde Outubro de 2007, dia 20 mais concretamente, data da primeira imagem em que se pode ver a existência de poluição, decorreram 3883 dias, quase 10 anos e meio. Destes 3883 de poluição diária, 3747 foram directamente causados por executivos camarários ligados ao PSD e os restantes 136 dias, desde 23 de Outubro de 2017, já são da responsabilidade dos seus sucessores ligados ao PS que continuam diariamente a despejar os esgotos sem tratamento nas linhas de água que desaguam no Rio Tâmega.
Por outro lado, há pouco mais de 1 ano (06032017), após várias mentiras públicas para o início da sua realização, foi finalmente iniciada a obra para construção de um emissário (sistema intercetor do parque empresarial) em que se supunha vir a resolver esta situação da poluição, pois a CMChaves deixaria de despejar os esgotos sem tratamento nas linhas de água, para transportá-los para serem devidamente tratados numa ETAR. Isto, como bem se lembram, foi motivo para notícia de jornal, em que o então presidente do município "prometia" a conclusão da obra para Junho desse ano (2017).
Desde a data em que a obra deveria ter sido concluída decorreram 279 dias. Este atraso na conclusão da obra é um dos exemplos mais claros de incompetência, bastante repartida pelo executivo camarário, pelos seus funcionários responsáveis pela obra e pela empresa que a levou a cabo, embora esta só fez aquilo que fez, porque os ditos funcionários responsáveis o permitiram. Para além de todos os danos e abusos provocados em terrenos particulares ao longo do percurso da obra, elaboraram uma informação em que mentem e quando confrontados com as evidências remetem-se ao silêncio e não enviam os dados que lhes foram solicitados desde há 11 meses a esta data.
Em termos de responsabilidades na repartição dos 279 dias de atraso da obra, são tão responsáveis os anteriores inquilinos da CMChaves como os actuais. Sob a tutela do PSD estão 143 dias e dentro de uma semana os do PS terão atingido a mesma fasquia, pois à data de hoje já contam com 136 dias.
Quando questionados sobre estas situações, pura e simplesmente não respondem. Se durante a campanha eleitoral visitaram esgotos, lixeiras e demais "pontos negros" que os pudessem favorecer, tenho a certeza que desde então não voltaram a pôr os pés nesses locais. Desde a sua tomada de posse, não responderam a uma única queixa, a um único pedido de informação, resumindo, a nada. Limitam-se a encobrir os erros dos seus antecessores, a seguir-lhes os passos e a demonstrar o total desrespeito que têm pela população, proprietários lesados e pelo ambiente de uma forma geral.
Dizem que no passado dia 5 de Março foi a abertura da época termal. Será que os níveis de controlo da água das termas são os mesmos que aplicam nestas situações de poluição? Que garantias têm os banhistas e os "bebedores" de água quente, que a água que utilizam ou consomem está isenta destes esgotos que são lançados para o Rio Tâmega e que podem facilmente infiltrar-se nos furos de captação? Acho que são perguntas legítimas.
Quanto à situação neste momento, para além do cheiro, a poluição praticamente não se vê, porque vem "diluída" num maior caudal de água devido às chuvas dos últimos dias, mas pontualmente podemos ver a "espuma" característica e algum lixo à mistura, como é habitual.
Afinal, que mal faz uma garrafa? (foto de dia 04032018)
Fonte: Fotografia inserida no artigo do Jornal Sol de 26032015
Acima escrevia que hoje não me apetecia contar nenhuma anedota, mas não posso evitar deixar aqui esta. Há dias um amigo perguntava se sabia o porquê do termo "meio-ambiente". Respondi-lhe que não. Ele então disse que era por causa dos políticos já terem destruído metade, senão seria apenas "ambiente".
castelo de monforte de rio livre
Águas Frias - Rio Livre - Tino
Rêverie Art - Fernando Ribeiro
Sítio das Ideias-Lamartine Dias
Andarilho de Andanhos-S. Silva
Asociación Cultural Os Tres Reinos
Amnistia Internacional - Chaves
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