Perguntei ao meu pai relativamente ao carreirão que utilizávamos para "passar" o gado e que ladeava os poços de onde retiravam o volfrâmio durante a guerra, mas ele disse-me que não seria esse carreirão ao qual o Sr. João Jacinto se estaria a referir, mas sim outro que passava mais abaixo junto à Capela de Santa Ana, tal como Sr. dizia. Mas claro, ele não sabe de nenhuma lenda sobre o tal carreirão, nem de nenhum Santo anterior à Santa Ana. É uma pena não se comunicar comigo por email, eu manter-lhe-ia o anonimato, já o fiz com outras pessoas e eu sou de manter a palavra, tal como me educaram.
O carreirão/caminho que eu me lembrava de utilizar, mais durante a noite, (isto só a partir da Aldeia) era o que passava ao pé da Mãe d' Água, da actual casa do Carlos Rio, poços de volfrâmio, Santa Cruz, Forte São Neutel, Bairro Verde e Estação de Comboios.
Aparecem fotos de uma espécie de carreirão, que parte desde a Capela de Santa Ana e de partes de um "murete" que seguem para Sul. Poderão ser vestígios desse tal carreirão antigo?
Do Castro de Santa Ana, se assim se lhe pode chamar, do meu ponto de vista nada resta. Comecei junto à Capela à procura de padrões, e para além de alguns escalões (recuperados) com a restauração, aparecem em uma rocha lateral dois orifícios, idênticos aqueles que estão na face exterior da fraga que integra a Capela de Santa Ana.
Ao subir encontrei várias pedras com marcas, mas começam a tornar-se confusas, pois não se sabe se são "originais" (entenda-se antigas) ou, se se tratam de marcas da máquina que destruiu aquele espaço para construir os depósitos de água.
Depois, ainda tive esperanças ao encontrar um orifício em uma das pedras soltas. Mas desconfiei, pelo facto de ser apenas um, estar demasiado perfeito e não corresponder aos que se encontram junto à Capela. Ao introduzir um ramo verifiquei que era um furo para inserir bombas. Mais acima, confirmava-se, uma vez que, em outro furo, ainda restavam vestígios de giestas inseridas no orifício, utilizadas para os furos não voltarem a encher de terra ou pó.
O marco geodésico (julgo que é assim que se chama) está construído em cima de uma fraga, na qual se pode ver uma pequena perfuração de forma rectangular, mas como disse, não sei determinar de quando será.
Depois, pode ver-se um terreno privado a nascente da Capela que tem um conjunto de pedras que aparentam uma certa antiguidade e, outro terreno privado a poente do Castro, com fragas à mostra, mas que foram "raspadas" com máquina.
Em ambos casos, não tirei fotografias por se tratarem de propriedades privadas.
Deixaria também um apelo à Junta de Freguesia, caso leia este blog, que os depósitos de água apresentam rachadelas e, em volta dos depósitos há muita erva e silvas que deveriam ser limpos, uma vez que em caso de ocorrer um incêndio poderia acarretar graves consequências.
Fica então um slide com as fotografias que pude recolher.
Tal como no anterior post, volto a repetir que este tipo de recolhas (seja qual for o assunto) posso fazê-las a pedido de qualquer pessoa ou como refiro nos objectivos do blog, publicar textos privados de opinião desde que identificados e, caso necessitem de apoio fotográfico e/ou de redacção eu estarei disponível para ajudá-los.
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