Voltando à colecção de objectos litúrgicos, hoje deixo-vos as fotografias da frente e costas de mais uma casula gótica. É muito simples, ainda se encontra em bom estado de conservação, mas já não tem qualquer acessório adicional do conjunto.
Fica uma ligação para os mais interessados:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Casula
Classificação de Bens Imóveis de Interesse Cultural
Decreto-Lei 265/2012 28/12/2012
Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro, que estabelece o procedimento de classificação dos bens imóveis de interesse cultural, bem como o regime das zonas de proteção e do plano de pormenor de salvaguarda
Imposto Municipal sobre os Imóveis
Portaria 424/2012 28/12/2012
Fixa em (euro) 482,40 o valor médio de construção por metro quadrado, para efeitos do artigo 39.º do Código do Imposto Municipal sobre os Imóveis, a vigorar no ano de 2013
Taxas Incidentes sobre os Vinhos e Produtos Vínicos
Portaria 426/2012 28/12/2012
Regulamenta o Decreto-Lei n.º 94/2012, de 20 de abril, que revê o regime das taxas incidentes sobre os vinhos e produtos vínicos
Para ilustrar o data de hoje, recorremos à colecção de imagens de santinhos do nosso amigo. Com excepção da última que foi produzida em Itália, as restantes foram impressas em Espanha. Nenhuma delas está datada.
As duas primeiras, não têm as figuras do burro e da vaca, mas estas estão presentes nas duas últimas, que ainda se fazem acompanhar por um cordeiro que deve ter sido esquecido ou oferecido por algum pastor. Pessoalmente, acho que se devem manter.
Um Feliz Natal para todos.
UM MENINO EXPOSTO HÁ CENTO E TAL ANOS EM OUTEIRO SECO
“Fez este ano 139 anos que apareceu um menino exposto à porta de José Neves, Regedor da Freguesia e morador por cima da Igreja Matriz da Freguesia de São Miguel de Outeiro Seco (Eiró), do concelho de Chaves.
O seu assento de baptismo muito bem elaborado pelo reverendo vigário José Rodrigues Liberal Sampaio. Consiste numa preciosidade que testemunha contudo o intenso drama das crianças, abandonadas à porta das casas, ou colocadas na roda.
O bilhete, que acompanhava o neófito, revela uma preocupação sentida sobre o destino da criança, a quem impunha desde logo a obrigatoriedade do nome, Elias de Jesus.
Acompanhava-o um pequeno enxoval que agasalhava o débil corpinho do infante, o que deixava antever alguma diferenciação social, aliás, bem expresso até na ideia de recuperá-lo mais tarde, quando resolvido o problema da exposição, pois o bilhete recomendava que:
- "Este menino quero que lhe ponham o nome de Elias de Jesus, sinal que leva é um sabonete de oiro. Espero que cumpram tudo isto porque brevemente será procurado pelos seus pais".
Talvez fruto duma concepção pré-nupcial na expectativa de um casamento próximo.
O Assento de baptismo foi muito criteriosamente elaborado, cumprindo todas as formas eclesiásticas da época, limitando-se a registar o sucedido, pois o abandono de crianças era prática muito comum nessa época a par do fenómeno da ilegitimidade, o que traduz um certo modelo de comportamento social para a época.
O assento em causa reza assim:
Aos vinte e cinco dias do mês de Julho, da era de mil oito centos e setenta e três, foi encontrado à porta de José Neves, regedor, que declarou ter sido acordado às dez horas da noite de vinte e quatro do mesmo mês pelo som de três fortes pancadas na sua porta e haver encontrado a creança com um sabonete de oiro preso por um cordão de seda preta que lhe pendia do pescoço e um bilhete que rezava assim:
- "Este menino quero que lhe ponham o nome de Elias de Jesus, sinal que leva é um sabonete de oiro. Espero que cumpram tudo isto porque brevemente será procurado pelos seus pais."
Foto do Dr. José Rodrigues Liberal Sampaio
Propriedade: Luís Montalvão - Blogue "Velharias"
E no dia vinte e cinco do mesmo mez e anno acima ditto o baptizei solenemente de baixo de condição na Pia Baptismal desta igreja matriz de São Miguel de Outeiro Secco, eu padre José Rodrigues Liberal Sampaio Vigario della pus-lhe o nome de Elias de Jesus, pus-lhe os Santos Óleos, e fiz todas as cerimónias que manda o ritual da Santa Igreja Romana.
Foi padrinho o reverendo baptizante, a madrinha se invocou a Senhora da Azinheira, com cujo coração foi tomado por António Rodrigues Sampaio, viúvo e residente nesta freguesia. Padrinhos do baptizado pela madrinha António Rodrigues Sampaio. Padre José Rodrigues Liberal Sampaio.”
João Jacinto
IRS - Declaração Modelo 3 e Anexos
Portaria 421/2012 21/12/2012
Aprova os novos modelos de impressos a que se refere o n.º 1 do artigo 57.º do Código do IRS
Outeiro Seco também tinha antigamente muitas coisas lindas, como esta no ano de 1961 estávamos no mês de Santa Marinha;
“CASAMENTO
Na Igreja Românica de Nossa Senhora da Azinheira, em Outeiro Sêco realizou-se o enlace matrimonial da menina Justina Afonso dos Santos, prendada filha da Sr. D. Maria da Conceição Santos, e do Sr. Francisco Afonso, proprietários, com o Sr. Norberto Rodrigues Afonso, aspirante de finanças no Concelho de Montalegre, filho do Sr. D. Arminda Ferreira Afonso, e do Sr. Eurico Rodrigues Afonso, proprietário.
Paraninfaram o acto por parte dos noivos o Sr. Dr. José Maria Ferreira Montalvão e sua esposa Sr. D. Ana da Conceição Alves, grandes proprietários e capitalistas deste Concelho.
Foi oficialmente o Reverendo Padre João Gualberto Sanches pároco da freguesia, que enalteceu e elogiou os noivos e seus familiares. Em casa dos pais da noiva foi oferecido um fino copo de água a mais de 30 convidados que brindaram por várias vezes. Tendo o novo casal seguido a caminho do sul do país em viagem de núpcias.
Ao novel casal desejamos felicidades. E esta hem!!!!!!!”
João Jacinto
(*) Nota: As duas lindíssimas fotografias que servem para ilustrar este texto, foram gentilmente cedidas para o efeito pelo nosso amigo Vitor Afonso, ao qual agradeço.
Estamos em época das tradicionais matanças. O fim de semana passado não foi dos melhores, porque choveu, mas as famílias gostam de deixar tudo pronto e limpo antes das festas natalícias.
Nos tempos que correm, já poucas são as matanças e ainda menos os que sabem fazê-las. Porque matar, quase qualquer um os mata. O problema, para quem tem menos prática nestas andanças, é abrí-los (limpá-los) e no dia posterior desfazê-los.
Hoje, vamos deixar de parte o espetar da faca, os guinchos, o sangue a espirrar, os "carvalhos" proferidos pelos agarradores que deixam escapar uma pata, o queimar e o lavar e, vamos directamente "abancar" para comer o sangue.
Habitualmente, a "mesa" é posta em cima de um dos porcos acabado de lavar.
É então servido o sangue cozido e escorrido, condimentado com alho e malagueta (para quem gostar) e, regado com bastante azeite. Ao lado está o pão centeio, o vinho (já do novo) e pasteis de Chaves para quem não gostar do sangue.
Tal como dizam os nossos antepassados, que "quem vê um porco, vê um político", também diziam "que do porco, tudo se aproveita, menos os cornipos". Por isso os matões tinham de saber, abrí-los (sem rebentar nada) e, esmiuçá-los ou retalhá-los, separando cada uma das partes pelas bacias (antes alguidares), consoante a finalidade a que se destinasse.
Na fotografia anterior, vemos o meu pai a retirar o unto que está agarado na parte interior das bandas. Hoje, já não se faz o unto, mas antigamente, normalmente era feito um com sal, que servia para a culinária (por exemplo, o caldo de unto) e outro sem sal, usado para ensebar tudo o que fosse de cabedal e assim protegê-los da humidade no inverno e das gretas provocadas pela ressequidão do estio do verão. Assim, ensebavam-se as botas e todos os arreios no nosso caso dos cavalos/éguas, mas anteriormente dos bois/vacas. Quanto o unto sem sal acabasse, era também utilizada a gordura dos cordeiros com a mesma finalidade. Nos cordeiros a gordura (sebo) que se utilizava era a que estava em volta dos rins e do estômago.
Depois, cabia as mulheres separar as tripas do redanho (redranho, na nossa terra e, que serve para fazer rojões ou rijões, como se diz por cá) e aproveitar aquelas que irão servir para o fumeiro.
No final, com o trabalho feito, fica uma foto do matão e dos agarradores.
IRS - Declaração Modelo 13
Portaria 415/2012 17/12/2012
Aprova as instruções de preenchimento da declaração modelo 13 - «Valores mobiliários, warrants autónomos e instrumentos financeiros derivados»
IRS - Declaração Modelo 37
Portaria 413/2012 17/12/2012
Aprova as instruções de preenchimento da declaração modelo 37 - «Juros e Amortizações de Habitação Permanente Prémios de Seguros de Saúde, Vida e Acidentes Pessoais PPR, Fundos de Pensões e Regimes Complementares»
IRS - Declaração Modelo 39
Portaria 414/2012 17/12/2012
Aprova a declaração modelo 39 - «Rendimentos e Retenções a Taxas Liberatórias» e as respetivas instruções de preenchimento
IRS e IRC - Declaração Mdelo 42
Portaria 416/2012 17/12/2012
Aprova a declaração modelo 42 - «Subsídios ou Subvenções Não Reembolsáveis», e as respetivas instruções de preenchimento
Para os menos atentos, fica AQI um extracto do Orçamento de Estado para 2013, para verem a diferença de tratamento entre o cidadão comum e os políticos.
Como diz um amigo meu, tais são uns, como outros, desde a base da pirâmide ao topo. Todos prometem, nenhum cumpre, todos gostam de se tratar bem, ainda que tenham que espesinhar e desprezar o Povo ao qual deveriam pertencer.
Sofrem todos de amnésia diferenciada e selectiva profunda. Admira-me que consigam somar no final do mês todos os proveitos que vão arrecadando de uns e outros lados, tais são os afluentes que se lhes dirigem.
Se verificarem com atenção algum dos valores, poderão apreciar o rigor de cálculo de algumas rubricas. Valores "redondinhos" que vão encaixando aqui e ali em itens de duvidosa designação, mas aos quais recorreram para justificar gastos desnecessários e de justificação também duvidosa.
Quanto aos cortes que alguns de nós suportam quer nos salários, quer nas pensões, também poderão verificar que não são para todos. Os subsídios de férias e Natal continuam a estar devidamente inscritos para estes 230 sujeitos.
O total desta "brincadeira" ultrapassa os 140 milhões de euros ... orçamentados. Mas com o mesmo rigor sabemos que haverá "desvios" e não serão em sentido negativo.
Falta agora saber quanto vão custar efectivamente as tais "Comissões Intermunicipais", pelas quais todos se digladiam, tal deve ser o tacho que daí advém. Só não haverá sangue, porque os escolhidos conseguirão "qualquer coisa" para os restantes e, não será um osso duro.
Gostava que ao fim de um ano publicassem a diferença de gastos entre os extintos Governos Civis e estas novas Comissões. Seria um documento interessante.
Fica então o extracto do OE para estes "senhores":
Orçamento da Assembleia da República
Ano 2013
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Para variar, deixo hoje AQI, o estado das linhas de água em Vale Salgueiro.
Para variar, também, continua a vergonha dos esgotos a correr a céu aberto. Parece que regressamos à idade média. Suponho que devem ser efeitos da modernidade ou dos hábitos/tradições que esses "senhores" têm nas suas terras e decidiram aplicar na Nossa.
Por fim, ainda para variar, continuo a estranhar o silêncio e inoperância das entidades responsáveis a nível local. Quase parece que é um problema sem importância que aconteceu ontem por "acidente" e que desconhecem e não, uma situação que se arrasta há anos com o conhecimento e a conivência de todos ou quase.
Como é óbvio, as imagens mostram apenas um pequeno ponto dessas linhas de água. Julgo que cada um terá capacidade de imaginar como está o resto e ajuizar quer sobre as pessoas que o fazem, quer sobre aquelas que o permitem. Quer umas, quer outras, devem, sem dúvida, merecer o que ganham, nos respectivos cargos que ocupam.
castelo de monforte de rio livre
Águas Frias - Rio Livre - Tino
Rêverie Art - Fernando Ribeiro
Sítio das Ideias-Lamartine Dias
Andarilho de Andanhos-S. Silva
Asociación Cultural Os Tres Reinos
Amnistia Internacional - Chaves
Amnistia Internacional - Blogue
DIGIWOWO - Artigos Fotográficos
RuinArte - Gastão de Brito e Silva