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UM PRATO DE MILHOS
Falar de milhos nos momentos actuais, será o mesmo que falar de um prato tradicional transmontano, desconhecendo-se por vezes a sua história, ou o seu passado não muito distante.
São muitas as pessoas que por estas alturas procuram restaurantes que sirvam um bom prato de milhos, pois actualmente são compostos de outras iguarias.
Recuando no tempo, Outeiro Seco não escapava ao consumo de milhos por parte da sua população. Eram tempos difíceis, e ao falar num prato de milhos, logo respondiam alguns populares: “Prato de Miséria”. Era assim que naqueles tempos eram denominados os milhos.
Eram tempos de guerra, tempos em que a maior parte das culturas se perdiam, cultivando-se algum milho por este ser resistente a vários factores adversos. Hora sucede que por esta altura na aldeia já se começavam a comer os tão falados milhos, as famílias eram numerosas, muitas bocas para alimentar.
Como por esta altura havia em abundância a couve de penca, juntava-se no pote dos milhos os talos (trochos) da couve. Era uma das formas de confeccionar os tão afamados milhos.
Outras famílias com menos possibilidades, confeccionavam só os milhos deixando-os mais soltos, como se dizia na aldeia mais "augados", comiam-se ao almoço e jantar (ceia). Quando os milhos eram mais soltos eram comum em casa dizer-se: "Vamos caiar a parede". Pela altura da matança, os milhos melhoravam um bocado, pois com a matança do porco, já se lhe juntava carne.
Nesses tempos de carestia, houve uma família em Outeiro Seco, que consumiu 14 alqueires de milhos, era uma família numerosa, acabando o chefe de família por ser conhecido na aldeia pela alcunha de o “Catorze”.
Com a guerra civil de Espanha, o seu consumo aumentou na aldeia, e nessa época era necessário manifestar toda a produção, passando a haver falta de milhos. Era necessário ir ao Grémio de Chaves fazer a compra. Sucede que esses milhos sabiam ao bolor. Se as pessoas já não gostavam dos milhos, com este sabor passaram a gostar menos, mas não havia alternativa, ou se comiam ou a barriguinha andava vazia.
Terminada a guerra civil de Espanha, reina neste pais também a miséria, o que leva muitos galegos da vizinha aldeia de Feces de Abajo a vir vender peixe pelas aldeias portuguesas. Alguns destes galegos vinham por Outeiro Seco. Ora o peixe que vendiam era o charelo, conhecido entre nós por chicharro, era abundante na época e barato, servindo para acompanhar os milhos.
Há nesta altura uma pequena conversa entre o vendedor de peixe (galego) e uma mulher de Outeiro Seco, "Xabana quita-me um quilo de peixe! Se no lo quires tu que-lo outro".
Muitas das pessoas da aldeia nem querem ouvir falar de milhos, lembram-se dos tempos de miséria. Hoje os milhos que se comem nos restaurantes, são milhos doces e os daqueles tempos eram milhos com sabor amargo.
João Jacinto
Autarquias Locais - Entidades Intermunicipais - Associativismo Autárquico
Declaração de Retificação 50-A/2013 1.º Suplemento 11/11/2013
Declaração de retificação à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que «Estabelece o regime jurídico das autarquias locais, aprova o estatuto das entidades intermunicipais, estabelece o regime jurídico da transferência de competências do Estado para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais e aprova o regime jurídico do associativismo autárquico», publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 176, de 12 de setembro de 2013
Programa de Rescisões por Mútuo Acordo de Docentes integrados na Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Portaria 332-A/2013 2.º Suplemento 11/11/2013
Regulamenta o Programa de Rescisões por Mútuo Acordo de Docentes integrados na Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Mais uma foto que nos relembra o estado da estrada que ligava a nossa Aldeia a Chaves no início dos anos 80. O troço é entre o Bairro da Segurança Social e o Libório.
A fotografia foi adquirida com negativo.
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Contratos de Trabalho a Termo Certo
Lei 76/2013 07/11/2013
Estabelece um regime de renovação extraordinária dos contratos de trabalho a termo certo, bem como o regime e o modo de cálculo da compensação aplicável aos contratos objeto dessa renovação
RECENSEAMENTO ELEITORAL REFERENTE AO ANO 1923
Nome | Idade | Casado | Cargo | Residencia | Sabe Ler | Elegível |
1- Adriano Chaves | 33 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | Sim |
2- Alfredo Bernardo | 40 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
3- Alfredo Joaquim Ferreira | 46 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
4- Anibal de Jesus | 29 | Solteiro | Jornaleiro | Out. Seco | Sim | |
5- Antonio Bernardo | 50 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
6- Antonio Ferreira Pantaleão | 28 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
7- Antonio Ramos Agrela | 38 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
8- Antonio Ribeiro | 37 | Sim | Cantoneiro | Out. Seco | Sim | |
9- Antonio dos Santos Costa | 36 | Solteiro | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
10- Augusto Ressurreição | 27 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | Sim |
11- Candido da Cruz Cortiço | 37 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | Sim |
12- Clemente da Cruz | 64 | Sim | Lavrador | Out. Seco | Sim | |
13- Manuel Gonçalves Sevivas | 30 | Solteiro | Lavrador | Sta. Cruz | Sim | |
14- Daniel Gonçalves Sevivas | 70 | Sim | Lavrador | Sta. Cruz | Sim | |
15- Domingos da Cruz | 32 | Solteiro | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
16- Feliz de Carvalho | 37 | Sim | Lavrador | Sta. Cruz | Sim | |
17- Felizardo Pereira do Rio | 43 | Solteiro | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
18- Francisco Jose | 46 | Sim | Jornaleiro | Out. Seco | Sim | |
19- Francisco Julio Alves | 30 | ? | ? | ? | Sim | Ausente |
20- Francisco Marcelino Antas | 33 | Sim | Lavrador | Sta. Cruz | Sim | |
21- Francisco dos Santos | 62 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
22- João da Cruz | 32 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
23- João Feliz | 41 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
24- João Gonçalves Sevivas | 58 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
25- João Gonçalves Sevivas Gomes | 37 | Sim | 1º Cabo GF | Out. Seco | Sim | Ausente |
26- João Quintas | 42 | Sim | Jornaleiro | Out. Seco | Sim | |
27- João Ramos Agrela | 35 | Sim | Jornaleiro | Out. Seco | Sim | |
28- João Santos Costa | 31 | Sim | Jornaleiro | Out. Seco | Sim | |
29- Joaquim Feliz | 34 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
30- Joaquim Santos | 32 | Sim | Lavrador | Out. Seco | Sim | |
31- Jose Augusto de Moura | 37 | Sim | Lavrador | Out. Seco | Sim | |
32- Jose Benedito | 41 | Sim | Lavrador | Out. Seco | Sim | |
33- Jose da Cruz Cortiço | 71 | Sim | Lavrador | Out. Seco | Sim | |
34- Dr. Jose Ferreira Montalvão | 45 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
35- Jose Pereira do Rio | 47 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
36- Julio Gonçalves Sevivas | 71 | Sim | Propriet. | Sta. Cruz | Sim | Ausente |
37- Justino Alberto Jorge | 55 | Sim | Propriet. | Sta. Cruz | Sim | |
38- Luciano Jose Chaves | 51 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
39- Manuel Jose Gomes | 82 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
40- Manuel Martinho | 37 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
41- Manuel Pereira do Rio | 36 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
42- Manuel dos Reis | 47 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
43- Manuel Sousa Casimiro | 50 | Sim | Propriet. | Out. Seco | Sim | |
44- Miguel da Cruz Cortiço | 44 | Solteiro | Lavrador | Out. Seco | Sim | |
45- Miguel Julio Alves | 78 | Sim | Lavrador | Out. Seco | Sim | |
47- Raul Alves Julio | 47 | Sim | Lavrador | Out. Seco | Sim | |
48- Zeferino Fernandes | 38 | Sim | Lavrador | Out. Seco | Sim |
Desta lista de eleitores de Outeiro Seco apenas faziam parte, aqueles que sabiam ler e escrever era uma das condições para fazer o recenseamento nesta época.
Muitas destas pessoas ainda são lembrança de muita gente da aldeia.
Uma outra curiosidade é a de que embora se esteja em plena República, a mulher, ainda não gozava desse direito.
Também os habitantes da aldeia eram em média 300 a 400 habitantes, pois a grande maioria era analfabeta.
João Jacinto
Nesta foto podemos ver o estado da estrada para a nossa Aldeia, presumo que também no início dos anos 80. O local é em frente ao antigo posto da Guarda Fiscal, actualmente ocupado pela GNR - Brigada de Trânsito.
Como se pode ver, o alcatrão parece ter derretido com a chuva e, tanto os carros, como as pessoas que se deslocavam tinham de resistir a tudo. Nessa época a maioria das pessoas da Aldeia, incluindo os alunos, percorriam esta estrada a pé.
A fotografia foi adquirida com negativo.
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Propriedade e detenção dos direitos de autor: Humberto Ferreira
Código da Estrada
Declaração de Retificação 46-A/2013 1.º Suplemento 01/11/2013
Declaração de retificação à Lei n.º 72/2013, de 3 de setembro, sobre «Décima terceira alteração ao Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de maio, e primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de fevereiro», publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 169, de 3 de setembro de 2013
Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de Nível Não Superior
Decreto-Lei 152/2013. D.R. n.º 213, Série I de 2013-11-04
Aprova o Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior
Regime Excecional de Regularização de Dívidas Fiscais e à Segurança Social
Decreto-Lei 151-A/2013 1.º Suplemento 31/10/2013
Aprova um regime excecional de regularização de dívidas fiscais e à segurança social
castelo de monforte de rio livre
Águas Frias - Rio Livre - Tino
Rêverie Art - Fernando Ribeiro
Sítio das Ideias-Lamartine Dias
Andarilho de Andanhos-S. Silva
Asociación Cultural Os Tres Reinos
Amnistia Internacional - Chaves
Amnistia Internacional - Blogue
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RuinArte - Gastão de Brito e Silva