Hoje trago-vos uma antiga lista telefónica da Rede de Chaves, mas que engloba a nossa Aldeia. Está datada de 19 de Julho de 1974, é composta por apenas 13 páginas no total e como podemos ver os telefones ainda eram escassos.
Para não tornar a publicação muito longa, serão publicadas hoje 6 páginas e as restantes ficam para a próxima semana.
Organizações Não Governamentais das Pessoas com Deficiência
Portaria 7/2014 13/01/2014
Define as regras a que obedece o registo das Organizações Não Governamentais das Pessoas com Deficiência
“1 DE JANEIRO DE 2014”
O século XXI já vai entrado.
Quantos de nós aprenderam o rifão: «aos mil chegarás, dos dois mil não passarás!» e no ano Um deste século se espantaram com o falhanço da profecia!
E no 31 de Dezembro de cada ano renovam-se as esperanças perdidas, queimadas pelas tiranias de uns, pelas traições de outros; pelas vontades de Deus, pelas tentações do diabo, pelo bem que se fez e pelo mal que se recebeu!
Para os que nasceram com o credo num «Mundo Melhor», a ilusão continua a ser o «pão-nosso-de-cada-dia»!
Os sumo-sacerdotes da mentira, da hipocrisia, da infâmia, da corrupção, do roubo, da malvadez exibem-se no Fim do Ano declamando, com a solenidade de cínico carrasco gulosamente pronto a soltar a guilhotina, votos de todas as felicidades ao Povo que fazem infeliz.
A vida, já por si tão difícil - à nascença condenada a ser vivida com «…o suor do teu rosto» - ficará mais custosa, mais amarga e mais triste com o decreto de mais impostos, com o aumento dos preços dos bens , com a míngua dos rendimentos, , com a maior injustiça da justiça, com o aumento da tristeza, da angústia e das ameaças de maiores incertezas pelo dia de amanhã.
Dia 1 de Janeiro é considerado “Dia Mundial da Paz”!
Toda a gente se prepara para a guerra!
M., 1 de Janeiro de 2014
Luís Henrique Fernandes
Para apreciar os diversos trabalhos fotográficos do Dinis Ponteira, pode visitar o seu blogue indicado na barra lateral ou seguir esta ligação:
http://dponteira.blogs.sapo.pt/
Para colaborar, envie os seus olhares para jhumbertoferreira@sapo.pt. Obrigado. Berto
Esta será a parte final sobre estas publicações das matanças.
Como referi na anterior publicação, este ano, não tenho fotografias que ilustrem o desfazer dos recos. Se houver outra oportunidade para o ano, pode ser que se arranjem.
Continuando. Depois de terem passado a noite ao relento e de estarem tesos como carapaus (o que facilita o corte das carnes), os recos são desfeitos, separando cada uma das suas partes consoante a finalidade que tenham.
Daqui, umas seguem para a salgadeira, outras para a sorça para depois fazer o fumeiro e hoje em dia, com a ajuda das arcas congeladoras, uma grande parte é aí conservada.
Por sua vez, o fumeiro é feito por uma certa ordem. Primeiro as alheiras, depois tudo aquilo que leva sangue ("sanguinhas", chouriços de sangue, bexigas, etc...) e finalmente as linguiças e os salpicões.
A última fase é afumar as carnes que estiveram na salgadeira. Também estas seguem uma ordem, cosoante necessitem de menos tempo no sal. Assim, primeiro são penduradas as "caretas", os "enguiões", as "pás", as "peitugas" e finalmente, as "espadas" e os "persuntos".
A carne das "pás" (peça inteira de carne gorda exterior as costelas que inclui o couro), não sendo a mais saudável ainda é muito utilizada. Antigamente, depois de salgada e afumada, era comida de várias formas: nas brasas (para ir pingando no pão), cozida e depois comida em quente ou no dia seguinte em frio e crua (depois de salgada e afumada era pendura das adegas frias de pedra).
Pessoalmente gostava dela desta última forma e quem me acompanhava era o meu avô João Alferes. Íamos à adega, levamos uma "redonda" de pão centeio cada um, cortávamos a carne directamente da peça pendurada e acompanhávamos com pimentos do vinagre e uns copitos de tinto tirados directamente da pipa ali ao lado. Bons tempos.
Hoje, utiliza-se essencialmente para as "bôlas" de carne. Ainda que muitos não comam a carne, o pão em seu redor fica com um sabor indescritível.
Entretanto, enquanto se espera que o fumeiro esteja no ponto, vão se comendo os rojões do "subentre" e do "redranho", com uns "pimentitos" do vinagre para desenjoar.
PATRIMÓNIO DESAPARECIDO
Hoje vamos falar de lagares de azeite que noutros tempos existiram em Outeiro Seco.
Em meados de Novembro, início de Dezembro, dava-se começo à apanha da azeitona. Grandes ranchos de homens e mulheres, labutavam todos os dias na apanha azeitona, quer estivesse frio ou chuva.
A quantidade de oliveiras nesse tempo na aldeia era enorme, muitas delas eram pertença das grandes famílias da época. Isto levou a que a aldeia tivesse de ser dotada de dois lagares, face a grande quantidade de azeitona.
Os testemunhos que resistiram à erosão do tempo, vêm provar de forma inequívoca a exploração olivícola e do fabrico do azeite na aldeia de Outeiro Seco antigamente.
Hoje, é diferente a situação. Contam-se pelos dedos as oliveiras. Também dos lagares já pouco ou nada resta, de um já só existe o sítio. Mas não queremos que passem definitivamente para o esquecimento, e por isso aqui hoje vamos falar deles.
Um deles existia junto da casa do Bouças, na eira dos Pipas, e foi pertença do avô do Engº. João Manuel Montalvão, aquando da sua desactivação as pedras do lagar foram compradas pelo Miguel Sanches, para construção de um lagar para fabrico de vinho, vindo a ser instalado nas traseiras do café do Flávio Félix, existindo ainda por lá vários vestígios desse lagar (pedras).
Relativamente ao outro, era pertença do José do Rio (velho), era no Eiró, junto da sua casa de habitação, num palheirão que ainda lá existe, e ai existem lá vários vestígios, como as mós, este laborou até muito tarde.
Foi responsável pelo lagar um individuo de nome Gabino, era também de fuso e peso, e era puxado por uma junta de bois.
Todos aqueles produtores de azeite da aldeia, e que produziam uma determinada quantidade de azeite, tinham por obrigação todos os anos de dar uma determinada quantidade de azeite para a igreja, para alumiar o Santíssimo durante todo o ano.
João Jacinto
Depois de comido o sangue é hora de voltar ao trabalho. No dia da matança é feita apenas a "limpeza" do reco, no dia seguinte é que se "desfaz" (desmancha).
A limpeza processa-se em duas fases.
A primeira com o reco ainda "no chão", onde é retirada a "couracha" (pele da barriga, que é um dos ingredientes das alheiras) e o "subentre" (gordura que está entre a "couracha" e as "bandas" (músculo da parede abdominal)). Com o "subentre" fazem-se os rojões do "subentre". Os outros rojões são os do "redranho" feitos a partir da gordura que envolve as tripas.
A segunda fase é realizada com o reco já pendurado. Antigamente, utilizavam-se umas "rodilhas" feitas de palha para ajudar a transportar e a levantar o reco. Hoje, transporta-se no banco e é levantado com a ajuda de uma roldana.
As "rodilhas" de palha, eram uns aneis feitos com a palha inteira e que permitiam que dois homens pegassem nos recos. Como os recos ficam húmidos e escorregadios (devido a gordura que se vai espalhando), passavam-se as "rodilhas" por baixo do lombo e, os homens, cada um de seu lado, agarravam-se a elas.
Ao estar o reco pendurado, começa-se por lhe tirar as tripas, que são "aparadas" por duas mulheres e que depois as irão separar. Depois tiram-se os "untos" camada de gordura interior às bandas (normalmente separam-se facilmente à mão). Hoje, já poucos "untos" se fazem, mas antigamente eram feitos normalmente dois: um com sal e outro sem sal. O primeiro era utilizado na culinária (caldo de unto) e o segundo, era utilizado para "untar" o couro (cabedal) das botas e arreios e também para fins medicinais, sobretudo quando as vacas apanhavam/tinham "dadas" (mamites). Aquecia-se o "unto" sem sal, o mais quente que a mão pudesse suportar e esfregavam-se os úberes das vacas com o mesmo.
Em seguida cortam-se as "bandas". que vão para as linguiças. E finalmente, depois de perfurar o diaframa e de fazer a "góla", retiram-se os "bofes" (pulmões) e o coração. Este último é visto com pormenor para avaliar a "pontaria" do "matão".
Se o coração aparece ferido, é um orgulho para o matão que logo se apressa a dizer: "Eu bem bi que o abafei logo".
Para rematar, com uma faca bem afiada é só fazer-lhe a barba, "porque o pêlo está sempre a crescer". Na realidade, como sabemos, o pêlo não cresce depois de morto, mas a desidratação dos tecidos, ao retrairem-se, expõe os pêlos que se encontram no seu interior e dá essa sensação de crescimento.
Agora é só esperar que a noite arrefeça bastante para no dia seguinte "desfazer" o recos. Este ano não tenho fotos da "desfeita", pelo que a próxima publicação irá direitinha para o fumeiro e as carnes.
Assim, quem não conheça estes procesos, já fica a saber que as alheiras não nascem numa árvore em Mirandela e que o fumeiro e as carnes para os cozidos, não existem só no Barroso e em Vinhais.
Os melhores cozidos do mundo ainda são os de Outeiro Seco ou os que cada um possa fazer em sua casa, quer tenha produzido as carnes, quer as adquira por perto. Nada se compara ao que criamos e colhemos em casa. As carnes, as couves, as batatas, o pão e o vinho.
A nossa Aldeia pode produzir quase tudo. Tem bons terrenos e muita água. É pena agora termos problemas de poluição.
As actividades mais tradicionais da nossa Aldeia (tal como em muitas outras) vão-se perdendo aos poucos. Uma delas é a matança dos recos.
Há uns anos, na época das matanças, logo pela "fresca", de qualquer casa de lavradores da Aldeia ecoavam os guinchares dos recos que se debatiam (em vão) para se livrar do fim que os esperava.
Hoje, são cada vez menos as casas que ainda mantêm esta tradição e ainda menos os que sabem executá-la.
Desde o agarrar, ao espetar da faca, ao aparar do sangue, ao queimar e ao lavar, também se perderam hábitos e utensílios.
Antes, entravam todos na "loje", apanhavam o reco e o matão punha-lhe a corda. Hoje, entra apenas uma pessoa, mete-lhe a corda no focinho e trá-lo para fora com menos alarido.
Antes, seguravam-se os recos no banco a pulso. Hoje, colocam-lhe uma corda junto aos encontros, o que lhes reduz significativamente a força que exercem.
Antes, para aparar o sangue, utilizavam os alguidares. Hoje, um balde ou uma bacia de plástico servem perfeitamente. Os alguidades partiam-se facilmente.
Antes, utilizavam-se os fachucos de palha para os queimar, dando-lhes uma cor "acereijada". Hoje, queimam-se com um maçarico a gás e depois de lavados ficam "brancos como pombas".
Antes, para os esfregar, os mais novos iam buscar as pedras à Pedrôsa. Hoje, são guardadas de uns anos para os outros e qualquer pedaço de um bloco de cimento partido serve.
Para a próxima, continuámos com o processo.
Relembramos que quem quiser ver o extenso trabalho do J.B.César, pode visitar a sua página indicada na barra lateral ou seguir esta ligação:
Para colaborar, envie os seus olhares para jhumbertoferreira@sapo.pt. Obrigado. Berto
Acidentes de Trabalho
Portaria 378-C/2013 3.º Suplemento 31/12/2013
Procede à atualização anual das pensões de acidentes de trabalho e revoga a Portaria n.º 338/2013, de 21 de novembro
Grandes Opções do Plano para 2014
Lei 83-B/2013 1.º Suplemento 31/12/2013
Aprova as Grandes Opções do Plano para 2014
Inspeções de Veículos
Portaria 378-A/2013 3.º Suplemento 31/12/2013
Estabelece o valor das tarifas devidas pela realização das inspeções técnicas periódicas e reinspeções, inspeções para atribuição de matrícula e inspeções extraordinárias de veículos a motor e seus reboques, bem como pela emissão da segunda via da ficha de inspeção e revoga a Portaria n.º 1036/2009, de 11 de setembro
Portaria 378-E/2013 3.º Suplemento 31/12/2013
Primeira alteração à Portaria n.º 221/2012, de 20 de julho que estabelece os requisitos técnicos a que devem obedecer os centros de inspeção técnica de veículos (CITV), no âmbito da Lei n.º 11/2011, de 26 de abril
Medidas «Contrato Emprego-inserção» e «Contrato Emprego-inserção+»
Portaria 378-H/2013 3.º Suplemento 31/12/2013
Terceira alteração à Portaria n.º 128/2009, de 30 de janeiro, que regula as medidas «Contrato emprego-inserção» e «Contrato emprego-inserção+»
Orçamento do Estado para 2014
Lei 83-C/2013 1.º Suplemento 31/12/2013
Orçamento do Estado para 2014
Segurança Social
Decreto-Lei 167-E/2013 3.º Suplemento 31/12/2013
Altera o regime jurídico de proteção social nas eventualidades de invalidez e velhice do regime geral de segurança social Portaria 378-B/2013 3.º Suplemento 31/12/2013
Atualiza as pensões mínimas do regime geral da segurança social para o ano de 2014 e revoga a Portaria n.º 432-A/2012, de 31 de dezembro Portaria 378-G/2013 3.º Suplemento 31/12/2013
Define o fator de sustentabilidade e idade normal de acesso à pensão de velhice para os anos de 2014 e 2015
Sistemas de Incentivos - Auxílios com Finalidade Regional
Decreto-Lei 167-B/2013 3.º Suplemento 31/12/2013
Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 287/2007, de 17 de agosto, prorrogando o período previsto nos enquadramentos comunitários aplicáveis aos auxílios com finalidade regional, até 30 de junho de 2014
Cumprem-se hoje 24 anos do fim da exploração ferroviária entre Vila Real e Chaves. O comboio chegou a Chaves no dia 28 de Agosto de 1921 e deixou de circular a 1 de Janeiro de 1990.
Nunca tive a oportunidade de viajar no comboio de Chaves, mas ajudei a carregá-lo algumas noites. Nesse tempo, cumpria a sua função e hoje poderia continuar a fazê-lo. Assim tivesse havido interesse dos responsáveis locais.
Se por um lado me custa ver as infra-estruturas utilizadas para fins diversos daqueles para que foram projectadas, por outro, o que mais me entristece é ver troços da Linha do Corgo completamente destruídos e alguns mesmo ocupados por edificações particulares, com a autorização (ou não) da Câmara, o que inviabiliza (quase) por completo a reactivação da Linha para fins turísticos.
Neste dia em que se inicia um novo ano, não esquecendo tudo aquilo que temos vindo a perder nos últimos tempos, desejo-vos a todos um Bom Ano.
Lei 83-C/2013 1.º Suplemento 31/12/2013
Orçamento do Estado para 2014
Plano Nacional de Implementação de Uma Garantia Jovem
Resolução do Conselho de Ministros 104/2013 31/12/2013
Aprova o Plano Nacional de Implementação de Uma Garantia Jovem
III Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos 2014-2017
Resolução do Conselho de Ministros 101/2013 31/12/2013
Aprova o III Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos 2014-2017
V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género 2014-2017
Resolução do Conselho de Ministros 102/2013 31/12/2013
Aprova o V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género 2014-2017
V Plano Nacional para a Igualdade, Género, Cidadania e Não-discriminação 2014-2017
Resolução do Conselho de Ministros 103/2013 31/12/2013
Aprova o V Plano Nacional para a Igualdade, Género, Cidadania e Não-discriminação 2014-2017
Segurança Social
Lei 83-A/2013 3.º Suplemento 30/12/2013
Primeira alteração à Lei 4/2007, de 16 de janeiro, que aprova as bases gerais do sistema de segurança social
Unidades de Saúde Familiar (USF)
Portaria 377-A/2013 4.º Suplemento 30/12/2013
Primeira alteração à Portaria 301/2008, de 18 de abril que regula os critérios e condições para a atribuição de incentivos institucionais e financeiros às unidades de saúde familiar (USF) e aos profissionais que as integram, com fundamento em melhorias de produtividade, eficiência, efetividade e qualidade dos cuidados prestados
castelo de monforte de rio livre
Águas Frias - Rio Livre - Tino
Rêverie Art - Fernando Ribeiro
Sítio das Ideias-Lamartine Dias
Andarilho de Andanhos-S. Silva
Asociación Cultural Os Tres Reinos
Amnistia Internacional - Chaves
Amnistia Internacional - Blogue
DIGIWOWO - Artigos Fotográficos
RuinArte - Gastão de Brito e Silva