UM DESACATO
Hoje, quando surge uma desordem ou outra situação, a primeira coisa que se faz é chamar a autoridade.
Noutros tempos a situação era diferente, ou intervinha o Regedor autoridade máxima da freguesia, ou as pessoas se deslocavam à Vila apresentando queixa no Administrador do Concelho, este resolvendo muitas vezes as situações, ou remetendo-as para o Procurador Régio.
O caso que aqui vou relatar passou-se em Outeiro Seco em 21 de Novembro de 1887.
“Para Procurador Régio
Tenho a honra de participar a V. Exª. para os devidos fins que julgar convenientes que veio a esta Administração, queixar-se José Joaquim Penedo filho de João Joaquim Penedo, do lugar da freguesia de Outeiro Seco deste concelho, de que no dia 20 do corrente pelas 4 horas da tarde pouco mais ou menos, no sítio do Painho limite da dita freguesia, fora espancado por Francisco filho de José Bernardo do mesmo lugar o qual com um sacho lhe batera além de outras pancadas, uma na cabeça fazendo-lhe um ferimento. Testemunhas Maria filha de José Villa Frade, Florinda Rosa casada com António Baptista e Angélica mulher de Francisco Portela.
O Administrador”
Mas o caso não fica por aqui;
“Do Regedor de Outeiro Seco
José e Manuel filhos de Joaquim do Penedo, apedrejaram Francisco filho de José Bernardo, e que a mãe do referido José e Manuel de nome Emília, ofenderam com palavras obscenas a Margarida Alves.”
Pois era assim que funcionava o dia à dia da aldeia de Outeiro Seco.
João Jacinto
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