É com muito agrado que verifico que as pessoas cada vez ganham mais confiança em mim e me fazem chegar os locais onde se encontram peças que em tempos pertenceram ao Solar dos Montalvões.
Neste caso, todas elas estão em excelente estado de conservação.
Podemos ver dois quadros de grande formato, talvez de uns 30x30 cm, que por coincidência o nosso amigo Luís Montalvão publicou no seu Blog http://velhariasdoluis.blogspot.com/. No entanto, embora eu já lhe tenha enviado cópia destes achados, com o consentimento da pessoa que actualmente detém estas peças, não são as mesmas, pelo que falta saber quais são as cópias e quais são os originais, caso tenham sido tiradas directamente com uma câmara de grande formato, ou, onde estão os orginais que permitiram realizar ambas ampliações.
Os quadros dizem respeito ao Dr. José Maria Ferreira Montalvão (19/05/1878-24/05/1965) e de sua esposa, Da. Ana da Conceição Morais Alves (Da. Aninhas, como ainda é recordada em Outeiro Seco) (28/05/1881-22/12/1974).
Podemos ver também a fotografia de uma cadeira, embora no espaço estivessem duas iguais e um candeeiro que, supostamente, estaria na sala do Solar e funcionava a petróleo, estando agora adaptado à electricidade.
Agradeço mais uma vez a confiança que depositaram em mim e, deixo novamente o endereço do meu email para pessoas que queiram contactar-me sobre este ou outro assunto. Obrigado. Berto
De Manuel Sousa Cardoso a 27 de Junho de 2010 às 11:51
Viva Humberto, como está.
Identifico-me como sendo o Manel que comenta o blog do nosso amigo comum Luís Montalvão.
Quanto às fotos, julgo que devem ser autênticas, pois na altura, como era comum fazer, faziam-se várias cópias que eram distribuídas pela família e amigos mais chegados.
As molduras parecem-me genuínas, já demonstrando faltas nos trabalhos de massa que decoram as travessas, atestando a sua antiguidade, e os tremidos, que estes sim, julgo, devem ser de pau santo.
Quanto às cadeiras, apesar de poderem ser modelos mais recentes (seria necessário vê-las de mais próximo e observar o rabalho de talha e quais os métodos para unir as peças umas às outras), também é muito possível que sejam de finais do século XVIII ou inícios do século XIX, de influência inglesa, que em Portugal se denominam de D. Maria. Não consigo perceber de que tipo de madeira estão feitas, pois esta foi escurecida. Mas parecem-me estar de boa saúde.
Quanto ao candeeiro de tecto é muito anónimo, não é uma peça excepcional, pois como ele há milhares espalhados por Portugal e encontram-se a cada passo nas casas de velharias. Mas carrega com ele o peso da memória de ter pertencido ao Solar, o que realmente faz a diferença.
Um bem haja pelo desenterrar desse passado, que também é o dessa comunidade, mas de que poucos hoje se devem interessar
Manel
Olá Manel,
Fico muito satisfeito em tê-lo por aqui, sobretudo porque sei ser um perito na identificação de antiguidades.
Estando o Luís de férias, vamos ter de esperar para que nos dê também a sua opinião, pois já lhe remeti estas fotos e a dos restantes objectos que ainda não publiquei, havendo um em especial que julgo que lhe vai agradar, mas prometi que o deixaria ser ele a publicá-lo primeiro.
Em relação às cadeiras, não posso ajudar, porque sinceramente, não percebo nada destas coisas, mas quando o Luís regressar, poderei enviar-lhe o ficheiro da fotografia com mais informação e pode ser que ajude.
Agradeço uma vez mais a visita, o comentário e sobretudo a preciosa informação. Um resto de bom domingo.
Um abraço,
Berto
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