Hoje estou duplamente satisfeito. Por um lado, recebi o primeiro artigo para publicação, por outro, devido ao mesmo ser assinado pelo nosso amigo José Costa, pessoa que admiro, não só pelo seu saber, mas pela força de vontade que diariamente demonstra ter e, que sem dúvida é um exemplo para muita gente, inclusive para mim.
À primeira vista, o tema pode parecer nada ter a ver com a nossa Aldeia, ou, com ela de alguma forma estar ligado, mas não poderíamos estar mais enganados.
O acidente que é relatado (e presenciado) pele Zé Costa, também o foi pelo Carlos Rio, que mostrou a sua coragem ao auxiliar o ferido, mesmo estando ele a correr perigo e, como tal, envolve dois dos nossos conterrâneos.
Mas também é um aviso aos nossos de emigrantes ou que residam fora da nossa Aldeia, que já iniciaram ou que continuam a deslocar-se pelas estradas, quer para ir gozar uns dias de férias, quer para regressar à Aldeia para "matar" as saudades dos seus familiares.
E antes de vos deixar com o texto e as fotografias que o Zé Costa enviou, deixo também uma das suas frases que nunca é demais repetir: "Um conselho para todos os que andam pelas estradas, conduzam com redobrada atenção porque o perigo está sempre à espreita."
Obrigado Zé.
"APARATOSO ACIDENTE NA A7, NA ZONA DO ARCO DE BAÚLHE.
Ocorreu na 6ª feira(18/06/2010) por volta das 16 horas um aparatoso acidente, provavelmente, devido à conjugação de dois factores fatais para que o perigo esteja presente em qualquer estrada e em qualquer parte do mundo que são: excesso de velocidade e chuva intensa (tromba de água).
No regresso do Porto, após uma consulta médica, e na companhia do Carlos Rio, conhecido dirigente associativo, do grupo AMIZADE da Associação Cultural Flaviense, e eis que sem contar apanhamos, na zona de Fafe, uma tromba de água que reduziu a visibilidade a pouco mais de 50 metros, o que nos obrigou a circular devagar e com redobradas precauções, e é então, que um pouco mais à frente, nos apercebemos de um "jipe" capotado e os rails de separação da Auto-Estrada completamente arrancados.
O Carlos Rio parou e saiu do automóvel debaixo de uma chuva diluviana, sendo a primeira pessoa a aproximar-se da viatura acidentada, para prestar o socorro possível, e verificou que se tratava de um cidadão espanhol que se dirigia da cidade de Orense para a cidade do Porto.
As imagens eram (são) aterradoras.
O condutor do "jipe" viajava sozinho mas estava completamente entalado dentro da viatura, embora mexendo os braços, mas com parte inferior da perna amputada pelo corte das chapas e dos rails. O Carlos Rio conversava com o acidentado, enquanto não chegaram os primeiros socorros do INEM (viatura suporte imediato de vida).
Após a chegada do INEM teve que se recolher parte da perna espalhada pelo pavimento da estrada e metê-la em gelo. O Carlos Rio foi corajoso porque colaborou nessa operação tão sensível.
As fotos podem não ter qualidade, mas mostram a monstruosidade do acidente.
Um reparo: para retirar o corpo ainda com vida, foi necessário proceder a desencarceramento, efectuado pelos bombeiros de Cabeceiras de Basto. Também outro reparo, a ambulância do INEM para recolher o ferido teve que vir a Ribeira de Pena fazer inversão de marcha, o que parece ser um pouco absurdo.
Entre a ocorrência do acidente e a retirada do corpo decorreu, cerca de hora e meia. É muito tempo.
Um conselho para todos os que andam pelas estradas, conduzam com redobrada atenção porque o perigo está sempre à espreita."
José Rodrigues da Costa
As imagens podem ser chocantes para pessoas mais sensíveis, mas são a realidade.
castelo de monforte de rio livre
Águas Frias - Rio Livre - Tino
Rêverie Art - Fernando Ribeiro
Sítio das Ideias-Lamartine Dias
Andarilho de Andanhos-S. Silva
Asociación Cultural Os Tres Reinos
Amnistia Internacional - Chaves
Amnistia Internacional - Blogue
DIGIWOWO - Artigos Fotográficos
RuinArte - Gastão de Brito e Silva