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Quarta-feira, 25 de Agosto de 2010

Desmentido - Apoio à AMA

Às vezes cometemos erros por mero acaso, outras, como foi o caso, por acreditarmos de boa fé que podemos confiar nas pessoas. E é exactamente aí que eu já podia ter aprendido umas coisas, mas infelizmente não.

 

Em 13/05/2010, publiquei um texto ao qual dei o título de "Altares Vazios...". Julgo que é mais do que evidente, resumindo de uma "penada" o conteúdo desse mesmo texto, que como todos, creio eu, teve os seus apoiantes, críticos e neste caso, outros ainda que pelo menos a mim não tiveram coragem de me dizer nada, pelo menos pela frente e, o mais certo é nem terem lido o texto, mas adianto.

 

Da tiragem de 100 exemplares, 60 foram doados à AMA - Associação Mãos Amigas, mas dada a situação de incerteza quanto ao futuro desta, os textos ficaram a aguardar pela marcação de uma Assembleia-Geral extraordinária.

 

Entretanto, enquanto se aguardava a marcação da dita Assembleia foram oferecidos em troca de donativos 10 exemplares por mim, restando apenas 50. 

 

A Assembleia-Geral foi finalmente marcada, vindo a realizar-se no dia 17/07/2010, pelas 20.00 horas, decidindo manter-se em actividade e dando-me indicações de que o texto iria ser disponibilizado ao público dentro do horário e funcionamento da AMA.

 

Posto isto, utilizei este blogue para divulgar esse feito, no sentido de angariar os donativos para a AMA, o que fiz  04/08/2010, tendo agradecido às pessoas que na altura julguei estarem a ajudar-me, utilizando o seguinte texto:

 

"Quero agradecer à Leonor e ao Justino Chaves, bem como ao Flávio Félix, por terem tido a amabilidade de permitirem expor um exemplar nos seus estabelecimentos comerciais (mini-mercado e cafés, respectivamente) e, também ao Carlos Xavier, na qualidade de Presidente da Junta de Freguesia por facilitar a exibição de outro exemplar no placard junto à Igreja de São Miguel."

 

Pois bem, hoje, depois de várias tentativas e de ver outras pessoas que me são próximas envolvidas negativamente e de haver pessoas que estão a bloquear deliberadamente a entrada de verbas para a AMA como se esta estivesse muito abonada de dinheiro.

(Note-se que os textos que foram doados representam no mínimo 300 euros, apenas 75 euros menos que as receitas do livro "No Outeiro das lembranças". Mas disto falarei outro dia, porque ainda aguardo uma resposta, que espero que seja breve, a um email que enviei ao Altino).

 

Sendo assim e antes de reformular o texto dos agradecimentos e de informar as pessoas interessadas deste blogue onde podem dirigir-se, quero "refrescar" as memórias de outras (pessoas) que julgam que ainda estamos no tempo da inquisição ou da censura, em que era necessário pedir autorização ao Bispo de Braga para escrever fosse o que fosse.

Poderia apresentar exemplos com datas anteriores, mas isso obrigaria a colocar aqui várias páginas de autorizações, que incluiam até as baratas e as ratazanas que surrateiramente rastejavam aos pés dos amos das casas.

 

 

(Portugal) Em 1762 era assim (Exemplo):

 

 

 

(Portugal) Em 1970 ainda era assim (Exemplo):

 

 

 

(Outeiro Seco - Portugal) Em 2010 é assim (Não é exemplo, é único nos dias que correm, pelo que passo a transcrever exactamente como me foi enviado):

 

"Quanto a afixação do teu livro ninguem impediu, só achamos que deveria ser a AMA a dizer qualquer coisa já que vai ser a propria a receber estes donativos, por aquilo que se comenta é que a AMA não concordou com este titulo que deste ao livro, e que não estariam de acordo em vender este livro, logo não se pode afixar uma coisa a dizer que é para ajudar a AMA se eles não querem este livro, tambem pergunto se o Padre já tem conhecimento mais a comissão fabriqueira, penso que este teu livro tb lhes diz respeito.

Atentamente,..."
Junta de Freguesia de Outeiro Seco

 

Nota: Tomei a liberdade de eliminar o nome do signatário e de sublinhar as partes mais "sensíveis" para alguns leitores, embora todo o parágrafo não tenha desperdício. Informo também que a resposta só me foi remetida ao fim de uma meia dúzia de emails e estes, ao fim de ter entregue pessoalmente à esposa do Carlos um exemplar do texto para ser afixado.

 

Ou seja, se eu bem percebi e, tal como lhes respondi e se necessário for, também posso publicar a versão integral da resposta, para escrever o que escrevi e, "...por aquilo que se comenta...", deveria ter pedido autorização ao Padre, "mais" à Comissão da Fábrica da Igreja (que para mim não existe, nem tem poder "legal" - isto se mesmo constituída o tem - uma vez que é constituída por um elemento que não se pode auto-fiscalizar) e à AMA (pelo menos).

E quando eu pensava que o problema estava no conteúdo, ou seja, no próprio texto, não!!! Também "...por aquilo que se comenta...", a AMA não concordou com o título que eu dei ao texto.

Esta é boa e, tal como lhes respondi também, eu teria alterado o título para  "Altares da Igreja de São Miguel cheios com as Santas das restantes Capelas que têm os Altares Vazios", imprimia outras capas e problema resolvido e, se calhar já era um "best seller" tipo "Harry Potter". Isto até poderia ser considerado como danos por perdas futuras, quer em relação ao meu futuro como novelista, quer às receitas que a AMA já poderia ter obtido. Mas depois o que fariam com tanto dinheiro? Se já criam problemas para quem quer doar 300 euros, imagino se algum benfeitor/filantropo chegasse aí com um cheque com demasiados zeros, estou certo que o devolveriam por dificuldade de interpretação.

 

Muito bem, para que conste, então já ficam a saber que o Carlos Xavier a quem agradeci antecipadamente, julgando-o no mínimo isento, não afixou um simples exemplar de um texto que visa obter receitas para a AMA, pelo que como é evidente não tenho nada que agradecer e compete-me desmentir o que escrevi anteriormente, o que sinceramente lamento, uma vez não fazia essa ideia dele e continuo a não fazer, pelo que a seguir refiro.

Embora no email que me enviaram da Junta indiquem que ninguém os impediu, eu, pessoalmente, não acredito que nenhum deles tivesse a infeliz ideia e a coragem de não afixar o exemplar do texto, quando afixam qualquer "papel" que lhes seja enviado seja de onde for, uma vez que a quem compete decidir é a quem vai ou não dar os donativos e a quem tem ou não interesse em ler ou até em retirar do mercado todos os exemplares para os fazer desaparecer e não decidir as coisas por aquilo que se consta.

Mais, os "placards" são espaços de afixação públicos e, pagos pelo erário público, não são da Junta, do Padre e muito menos da Comissão da Fábrica da Igreja ou de qualquer outra pessoa particular, pelo que a responsabilidade da capa e do título que tanto vos incomoda é da minha responsabilidade. Ainda hoje estavam documentos afixados que nada têm a ver com a nossa Aldeia e sem qualquer interesse mas lá estavam resguardados do vento, da chuva e do gelo, enquanto que o meu (da AMA) teve de ficar fora ao sol.

 

Agora sim, agradeço à Leonor e ao Justino do Café e Mini-Mercado O Sapo, quer pelos exemplares que já distribuiu, quer por se ter disponibilizado de imediato para aceitar uma nova remessa de 20 exemplares, que já estão disponíveis para oferta, mediante um donativo simbólico de 5 euros.

 

Agradeço também à Isabel e ao Jacinto do Restaurante Santa Ana que também de imediato se disponibilizaram para ficar com os restantes 20 exemplares para aí distribuírem e, que já estão disponíveis para oferta, mediante um donativo simbólico de 5 euros.

 

E, também ao Flávio Félix, da Taberna Bar, que desde o primeiro momento teve a amabilidade de permitir expor no seu estabelecimento um exemplar para que quem queira possa consultá-lo e no caso de lhe interessar poder obtê-lo.

A todos, muito obrigado.

 

 

Quem sabe se num novo exemplar, já que este está visado pela censura e inquisidores da nossa Aldeia. Mas para isso terei de esperar que o Padre e outra pessoa que não cheguei a saber quem é, me autorizem a tirar fotografias no interior das Igrejas. Proibição esta que já vi que não é para todos, pois no recente livro há fotos tanto do interior da Igreja de Nossa Senhora da Azinheira, como da Igreja de São Miguel e ainda por cima dos paramentos...pelos vistos, "a permissa igual, direitos diferentes". Era um ditado antigo, utilizado pelos Padres para estruturarem e fazerem a destrinsa entre classes sociais, acabou por cair em desuso, mas agora volta a estar em voga com o novo elitismo ressurgido.

 

Resta-me dizer que os exemplares do texto foram retirados da Sede da AMA - Associação Mãos Amigas, por minha insistência, para não criar problemas a pessoas que lá estão para levar em diante o objectivo a que se propuseram desde o início e que fizeram um esforço enorme para se manterem e continuar de portas abertas, mesmo sabendo que o futuro lhes reserva poucas esperanças.

Refiro especialmente ao meu Tio Manuel Ferrador e a outras pessoas que, por diversos meios me fizeram chegar o seu apoio. Quanto aos restantes, que "...por aquilo que se comenta...", se veêm incomodados com o título do texto, já estou a preparar uma nova capa que dentro de uns minutos, ou horas estará aqui disponível. Quanto mais demorar maior será o número de visitas.

 

Mais, quando algum destes últimos tiver alguma coisa a dizer-me, que respire fundo duas ou três vezes, ou, aquelas que achar necessárias e me diga o que tem a dizer a mim e não ao meu Tio. Eu posso não ver o suficiente, mas ainda consigo ouvir murmúrios a uma distância considerável. 

O meu Tio limita-se a fazer o trabalho dele e fá-lo muito bem.

Até já com a capa renovada.

 

Cá está ela renovada, aprovada, visada pela inquisição, censura e demais preceitos legais impostos nesta Aldeia. Sorte teve o Sr. Herculano Pombo que, com todo o respeito, acertou à primeira.

 

 

Publicado por Humberto Ferreira às 00:02

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12 comentários:
De Nuno Santos a 25 de Agosto de 2010 às 16:45
Olá Berto,
Como membro dos órgãos sociais que esteve presente na reunião preparatória da assembleia geral de 17/07/2010, onde entre outros temas, se discutiu a venda do teu livro ou texto, como lhe chamas. Informo-te que a recusa da comercialização nas instalações da AMA, foi aprovada por unanimidade, e não teve nada a ver com o título do mesmo.
A recusa deveu-se simplesmente porque na opinião dos presentes, o texto é ofensivo contra pessoas e entidades de quem a AMA depende e muito nesta fase do seu projecto.
Basta lembrar que a AMA, graças ao donativo dessas entidades, é a actual proprietária de uma área de terreno, cujo valor patrimonial tu bem deves saber.
E se o projecto da AMA, está neste momento em stand by, não é por causa das pessoas ou entidades que tu tanto criticas, mas porque só a sua construção do centro, está orçada em cerca de 2.000.000,00 € (Dois milhões de euros). Pela grandeza dos números, dá para entender que a AMA não ganha nada em ter essas entidades contra nós, antes pelo contrário.
Quanto ao conteúdo do livro, nomeadamente à retirada das santas, cada um escreve o que quiser ,desde que assuma as suas responsabilidades. É evidente que eu não estou nada de acordo com o que escreves sobre o tema, mas como não sou parte, limito-me a dizer é elementar ouvir sempre as duas partes, e como ouvistes as zeladoras, deverias ter ouvido a outra parte ou seja o presidente da fábrica da igreja, o Sr. Padre José Banha.
Já agora acrescento que a recusa da venda do livro, não tem nada a ver com a recepção de donativos que tu queiras dar à AMA. Tu e qualquer outra pessoa ou entidade, pois pelos números indicados, todos os donativos serão bem vindos.
Nuno Santos
De Humberto Ferreira a 25 de Agosto de 2010 às 18:40
Olá Nuno,

Muito obrigado por esclareceres este assunto, sobretudo o da "unanimidade" e o do "título" do texto, que para teu esclarecimento inicial, nunca foi doado para ser comercializado, mas sim foi doado para ser doado. O conceito não é inovador, mas simples de entender.

E é um texto, não pelo facto de eu o chamar assim, mas porque carece de certos elementos e características próprias para poder ser um livro.

Quanto à interpretação de considerares o texto "ofensivo" é apenas a tua opinião e, claro, a de mais meia dúzia de pessoas, outros há que não partilham esse conceito e, cabe única e exclusivamente a essas pessoas que estão a oferecer os seus donativos de apoio à AMA se querem ou não obter em troca o texto e é aquilo que se fez e continua a ser feito, por muitos bloqueios e boicotes que lhe sejam impostos e que continuem a impor.

Pelo menos, este texto esteve sempre disponível e continua disponível em vários lugares apenas para consulta pública, antes das pesssoas se decidirem a oferecer qualquer donativo de apoio à AMA, obtendo em troca um exemplar desse mesmo texto.

Quanto ao valor dos terrenos, eu nunca trabalhei em nenhuma imobiliária, mas sei que dependem de vários factores, nomeadamente da quantidade de ruínas, de lixo, de ratazanas (tipo coelhos) e de insectos que têm nas suas redondezas e, já agora, já que és membro dos órgãos sociais, o projecto da AMA, está neste momento em "stand by" exactamente por causa das pessoas ou entidades que eu tanto critico, caso contrário a candidatura teria sido apresentada dentro do prazo do Aviso de Abertura das Candidaturas.

Agora, veremos, como já referi num anterior post, quando e se abrem novos Avisos para apresentação de candidaturas, não só pelo projecto da AMA, mas por outro que acompanho, o qual se encontra exactamente na mesma situação devido, exactamente às mesmas pessoas ou entidades que tanto critico.

O restante comentário, que agradeço também, são considerandos e opiniões tuas, sobre as quais já oportunamente me pronunciei, mas permite-me manter as minhas dúvidas quanto às tuas duas últimas frases sobre a recepção de donativos, uma vez que demonstrais ser muito selectivos com o tipo de cliente/doador que se dirige à AMA. Mas enfim, já lá vai o tempo de "a cavalo dado, não se lhe olha o dente".

Mais uma vez obrigado pelo comentário e pela informação em primeira mão.
Berto
De joaojacinto a 25 de Agosto de 2010 às 22:25
muito boa noite, caro amigo, apenas te tenho a dizer o seguinte, acorda, porque deves estar a sonhar. Entras te em campos que te estão vedaddos, e dizer a verdade em Outeiro Seco , pelos vistos é crime e paga-se caro . Eu vivi no tempo da PIDE, e nunca tive medo deles, tenho mais medo agora, do que tinha naquela altura, porque agora ha pessoas piores do que eram esses agentes da Pide no tempo do salazar, pelo menos a gente sabia quem eram e agora não. Pois ainda não te apercebes te que ate os comentarios no teu blog são poucos , e as pessoas não arriscam , ou são anonimos afim de evitarem situações. E aquilo que esta orquestrado é acabar com o teu blog. Por isso te avisei logo de inicio. Joaojacinto
De Humberto Ferreira a 25 de Agosto de 2010 às 23:12
Olá Sr. João Jacinto,
Boa noite, por acaso durmo mal e há muito que não me lembro de ter sonhos, mas compreendo o quer dizer-me.

A verdade sempre incomoda, seja em Outeiro Seco ou em qualquer outro local, mas só me viram as costas as pessoas que nunca me conheceram. O que verifico é que aqueles que sabem quem sou e quem sempre fui continuam a apoiar-me e, o mais interessante é que surgem novos apoios ainda que anónimos, mas é sempre reconfortante.

Se no seu tempo vocês sabiam quem eram as piores pessoas, hoje também é fácil saber-se, no entanto, a cobardia e a hipocrisia continuam a ser as mesmas.

Quanto à reduzida quantidade de comentários no blogue, eu até compreendo as pessoas. Não querem tomar partido, enquanto outros se limitam a levantar poeira e a deitar areia para os olhos, mas a quantidade de visitas, essas tem subido como a espuma depois do lançamento do livro, possivelmente à espera do que eu vou escrever. Mas como disse, estou à espera de informação, isto se me for facultada.

Quanto à "orquestra" para acabar com o meu bloque, aguardo-a calmamente e espero que esteja bem afinada, porque não imaginam quem é o maestro.

Obrigado pelo comentário, pelos avisos e pelo apoio.
Um abraço,
Berto
De joaojacinto a 26 de Agosto de 2010 às 00:04
CARO AMIGO AQUILO QUE EU MAIS ADMIRO NAS PESSOAS, E QUE ELAS SE MANTENHAM FIRMES PERANTE ESSES OBJECTIVOS, E SEMPRE DE CABEÇA LEVANTADA, MAS QUE ESTE BLOG, PASSOU A SER UM OSSO NA GARGANTA DE MUITA GENTE, E VERDADE, POIS ESSE OSSO NEM LHES SOBE NEM LHES DESCE. eSPERO QUE O BLOG RESISTA, E QUE O OSSO CONTINUE A INCOMODAR ESSAS GARGANTAS. vOU DE FERIAS, SO REGRESSO EM MEADOS DE OUTUBRO, TAMBEM ME VAI SER ENTREGUE O NOVO LIVRO AMANHA, ASSIM COMO A GRAVAÇAO DE TODA A COFERENCIA REALIZADA NA IGREJA. qUANTO AO QUE ME PROPOS DAREI RESPOSTA DEPOIS DAS FERIAS, MAS A VER PELAS COISAS NAO SEI. joaojacinto
De Humberto Ferreira a 26 de Agosto de 2010 às 00:49
Olá Sr. João Jacinto,
Manter-me-ei enquanto existir. Em relação ao pedido que lhe fiz, compreenderei perfeitamente se não aceitar, tal como o meu Tio.
Para além do mais até podemos ter problemas com a "aprovação" do título do livro pela "censura".
Desejo-lhe umas boas férias e um bom descanso.
Um abraço,
Berto
De Nuno Santos a 26 de Agosto de 2010 às 07:59
Olá amigos,
Fazendo uma interpretação livre dos comentários do Berto e do João Jacinto, parece estarmos perante a saga do D. Quixote de La Mancha, a lutar contra os terríveis gigantes, e que afinal não passavam de meros e inofensivos moinhos.
Também eu vivi no tempo da PIDE. Em Fevereiro de 1974, precisamente na rua António Maria Cardoso, junto à sua sede, que eu um recém chegado à capital desconhecia ser ali, estive em vias de ser preso, apenas por querer ouvir cantar o Zeca Afonso no Teatro S. Luís. Valeu-me a destreza dos meus 19 anos para não ser preso, mas fiquei sem o dinheiro do bilhete. Ora comparar esses tempos, com os de agora, é no mínimo abusivo, para não dizer ofensivo.
Quanto ao lançamento do livro “No Outeiro das Lembranças” só não esteve presente no evento quem não quis. Para lá dos convites pessoais, foi feito o convite à população em geral, e em alguns casos, como o do Sr. Zé do Forno, houve até o meu envolvimento pessoal. O Sr. José declinou por razões que eu entendi. Pelos vistos o nosso amigo João Jacinto não esteve presente, ou porque não valoriza o que não é feito apenas por ele, porque este livro foi um projecto colectivo, ou porque não gosta de misturas. Estiveram presentes pessoas de todos os níveis, quer etários quer sociais.
Quanto ao Blog Outeiro Seco Aqui, continuarei a ser seu leitor e a comentar quando achar oportuno, mas com o meu nome de baptismo, porque pugno pela verdade e pela transparência, e não preciso de me esconder atrás de qualquer capa para expor as minhas opiniões e ideias.
Um abraço,
Nuno Santos
De Humberto Ferreira a 26 de Agosto de 2010 às 08:40
Bom dia Nuno,
Quero como sempre agradecer os teus oportunos comentários, mas também corrigir uma coisa, começando pelo fim: o blogue não se chama Outeiro Seco Aqui, mas sim Outeiro Seco - AQI .

Depois, quanto aos anonimatos, julgo estarmos conversados com a minha opinião que diversas vezes defendi e, sendo este o meu blogue pode participar quem quiser, desde que não faça o mesmo que entrou aqui com o pseudónimo de "Olho de Lince" e, nesses casos, tratarei das situações uma a uma como bem entender. O Sr. João Jacinto já demonstrou ser mais amigo desta aldeia do que muitos que se identificam com o seu nome de baptismo e mantém-se mais actualizado, mesmo estando onde está, do que os seus próprios residentes.

"Abusivo" e "ofensivo" não é comparar os tempos da PIDE com os de agora, mas sim pô-los em prática, aí sim, não é necessário estar quase em vias de ser preso, é prender a liberdade de pensamento e expressão (porque achais tudo "ofensivo"), como fizestes com o meu texto ou como estás, neste caso em particular, a valorizar a presença ou não do Sr. João Jacinto ou a sua identificação ou anonimato.

Quanto ao Sr. Zé do Forno, toda a gente sabe porque não veio, porque eu também falei com ele e, falo à vontade porque as razões são idênticas às minhas. Se pouco vemos durante o dia, àquela hora da noite, andamos lá a apalpar o quê. A mim vale-me um sistema que adaptei ao meu carro que tem uma bengala branca e vermelha à frente (por causa dos moinhos).

E, para finalizar, fazendo essa mesma interpretação livre dos teus comentários "perante a saga do D. Quixote de la Mancha, a lutar contra os terríveis gigantes, e que afinal não passavam de meros e inofensivos moinhos", suponho que te referes a tu seres um desses inofensivos moinhos.
Um abraço e que tenhas um bom dia,
Berto
De Manuela rodrigues a 26 de Agosto de 2010 às 12:27
Bom dia para si Sr. Berto e para todos quantos visitam este cantinho da "VERDADE".....
Aproveito para lhe dizer que todos os dias visito o seu Blogue, pois quanto a mim foi a coisa que melhor podia ter acontecido, pois aqui a verdade vem ao de cima doa a quem doer.....(não se publicam contos de fadas).
não posso deixar de concordar com o Sr. João Jacinto quando diz que este blogue, é um osso encravado na garganta de muitos Outeirsecanos , e que se vivia melhor no tempo em que existia a "PIDE"(não vivi esse tempo), mas concordo plenamente, pois Outeiro Seco está ensolarado de gente que ri pela frente e te aperta a mão e por detrás espeta a "faca" o mais profundo possível .</a> ...
Quanto ao livro por si editado é motivo de critica, porque diz a verdade ......e quem diz a verdade tem que ser condenado.....melhor "mutilado"
em relação ao seu donativo para a AMA, fico indignada (mas para mim já não é de estranhar), pois só critica quem nada faz, ou melhor quem nada DÁ......"Nunca ouviu dizer que dos mal agradecidos está o inferno cheio"???
Em relação ao custo da obra (lar), mencionada num comentário, pergunto?????
Como é possível .</a> noutras Freguesias a obra já ser uma realidade????? Nalgumas até em funcionamento há vários anos, e em Outeiro Seco nada se vê!!!!!
Porque será?????????
Verdade é o que se diz...."O sol quando nasce não é para todos"....
Bem vamos lá ter paciência ...esperar esperar até cansar .....
Um abraço amigo e bom resto de dia...
Manuela Rodrigues
De Humberto Ferreira a 26 de Agosto de 2010 às 14:19
Olá Manuela, Boa tarde,
Agradeço as vistas diárias e o comentário e, já agora, vai me dar licença mas vou aproveitar este espaço para, não estar a fazer um novo post porque não vou ter tempo, para informar que os "inofensivos moinhos" fizeram estragos para os lados do largo da Junta de Freguesia.

Os dois cartazes que lá coloquei, um na porta da AMA e o outro no "placard", repito, público, foram arrancados por algum valentão e pressuponho que rastejando pela calada da noite para não ter a infelicidade de eu estar a passar. Porque nem sequer têm coragem para fazerem isso diante de um deficiente.

Ou seja, eu procurei se o "placard" tinha o nome de algum proprietário, mas não, é mesmo um dos que foi pagos com os dinheiros públicos.

Pois digo a esse valentão que cada cartaz tem um custo de 0,70 euros e que deixei lá outro depois da hora do almoço (porque era o único que tinha), se o quiser deixar estar até eu voltar na terça-feira, pode-me dizer a hora e eu estarei lá para que o arranque à minha frente. E até levo mais para afixar, para ver se tem valia para impedir o tal deficiente de colar cartazes num "placard" público.

Como já disse e bem, a ignorância, a cobardia e a hipocrisia continuam a ser as principais "armas" destes valentões, agora apodados de "inofensivos moinhos".

Uma boa tarde para todos e, Manuela, mais uma vez obrigado,

Berto
De Nuno Santos a 26 de Agosto de 2010 às 15:33
Olá Berto,
Pelos visto assumiste mesmo o papel do D. Quixote, na sua luta contra os moinhos. Ora partindo do pressuposto que eu sou um inofensivo moinho, como me classificas no teu comentário, e considerando que os moinhos até à data de sessenta, foram elementos importantes no nosso tecido social, e ainda agora continuam a ser, elementos bucólicos e românticos na paisagem, nem me importo muito com a tua conotação.
Quanto à destruição dos cartazes, sinceramente que não vejo qualquer ligação com os moinhos. Pelos vistos não estás familiarizado com a prática do arranque de cartazes, uma má pratica diga-se, mas infelizmente recorrentemente de norte a sul do país, quer sejam cartazes políticos, ou de outro cariz. Uma coisa eu te asseguro, não fui eu quem os arrancou. Primeiro porque tenho sentido democrático, sendo incapaz de praticar tal acto. Segundo porque estando em Lisboa desde segunda-feira, não tenho o dom da ubiquidade.

Quanto à demonstração de qualidades do Sr. João Jacinto que defendes, eu que não tenho qualquer prurido em reconhecer o mérito dos outros. Mas a não ser que seja alguém com obra na aldeia, e utilize este nome como pseudónimo, eu com o nome de João Jacinto, salvo os comentários avulsos na blogosfera, não lhe conheço mais nada.
Um abraço,
Nuno Santos
De Humberto Ferreira a 26 de Agosto de 2010 às 16:54
Olá Nuno,
Eu assumo qualquer papel, até de Sancho Pança se tal for necessário, e as atribuições de cada um não passam de uma brincadeira, agora como já o disse várias vezes não gosto que façam de mim burro, porque não o sou, mas nem um pouco. A analogia que utilizei, vinha na sequência do texto.

Quanto ao arrancar cartazes, gostava de saber quem foi o cobarde (para não usar o qualificativo mais comum na nossa terra) que o fez ou pelo menos que tenha a coragem de esperar pelo meu regresso na terça e que marque uma hora para eu estar lá.
E, sei perfeitamente que não foste tu, pelo que não necessitas de te justificar.

Agora não tenho dúvidas que se trata de uma pessoa com faculdades mentais quartadas talvez pelo sol, uma vez que se trata de um espaço público pago pelos contribuíntes, nos quais eu me incluo.

Em relação ao Sr. João Jacinto, não se trata de uma questão apenas de defesa, julgo que é uma questão de opção. De certeza que não foi ele no seu anonimato que arrancou os cartazes.

No entanto, em relação aos seus comentários, julgo que já demonstrou ter um interesse profundo pela nossa Aldeia, ao mesmo nível dos conhecimentos que também já demonstrou ter.

Quanto às suas obras, quem não souber de quem se trata não poderá julgá-lo pelas mesmas, mas o seu anonimato pode perfeitamente dever-se aos cargos que ocupa e não poder ou não querer ser importunado ou por razões da mais diversa ordem, que nos podem escapar e que lhe são perfeitamente legítimas.
Enquanto as pessoas não fizerem mal, que é o caso, não vejo mal nenhum, em usarem pseudónimos.

Já agora, se por acaso souberes quem foi o valentão ou cobardolas que arrancou os cartazes, agradecia que me dissesses, ficando este pedido extensivo aos restantes leitores, só para ajustar contas dos cartazes que arrancou, sempre são 70 cêntimos cada.
Um abraço e obrigado pelo comentário,
Berto

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