«MERCADOreS»
Não me conformo em ser somente testemunha do mundo.
Não me limito a estar entre os ricos, entre os pobres, entre os trabalhadores, entre guerreiros.
A nossa Democracia, dirigida por gentalha de ruim quilate, tem seguido na transformação para um regime político do imperialismo contemporâneo.
As Democracias europeias estão cada vez mais em «guerra contra os pobres», em vez de estarem em «guerra contra a pobreza».
Continuadamente, os actuais governantes, e os meios de informação que mais prestáveis lhes são, repetem-nos notícias onde o sujeito ou o predicado são os «Mercados».
Querem, «custe o que custar», conduzir-nos a uma situação económica submetida e submissa à grande Finança, aos «Mercados»!
Falam-nos da «Crise» como de uma inevitabilidade, cujo fim nunca se vislumbra.
Os mais resignados, ou, provavelmente, os mais farsolas, arengam-nos com:
-“É o país que temos»!
Mas não é o País que queremos e merecemos ter!
Não me venham com a conversa de que as coisas podiam ser muito piores.
Não nos basta estar em Democracia!
Esses farsantes e paus mandados às ordens dos «senhores dos Mercados» têm passado a vida a tentar convencer-nos de que viver em Democracia é já andar com muita sorte!
Este capitalismo financeiro - dos «Mercados» - não é inevitável, apesar das tragedias e catástrofes que provoca. Cresce e avança porque o «Zé Pagode» se limita à resignação.
Em 25 de Abril gritámos e vivemos Liberdade.
Hoje estamos caídos na condição de escravos do capital.
O Homem não é um ser exclusivamente económico.
De governantes temos ido de mal a pior!
Os actuais resolveram, como autênticos mandaretes dos «amos do mundo», tratar os Portugueses, sem mais nem porquê, como instrumentos de estatística, de acordo com as suas capciosas «engenharias financeiras», cujos cálculos finais resultem sempre em lucros gananciosos.
Tratantes, agarram-se afincadamente ao conceito maquiavélico de política - luta pela conquista e conservação do poder. Nem sequer de Platão se lembram (nem querem lembrar-se!) quando ele nos ensina que a política «é a busca de um bom governo».
Há a recordar-lhes que nem todas as questões políticas são questões de poder.
Os nossos governantes falam-nos com abstracções.
Agora a moda, insistente, é a dos “Mercados” pràqui, «Mercados» pràli.
O medo aos «Mercados» é o disfarce com que escondem a carta do poder a que nos mantem submetidos
Mas a contestação tem vindo a crescer de mansinho. De mudança, por enquanto, sopra somente uma brisa leve.
Contudo, já vai sendo suficiente pra causar algum tremor e temor a esses «barnabés» arrogantes e fanfarrões.
Acrescentam ao palavreado o parágrafo do «plano para o Crescimento da Economia e do Combate ao Desemprego».
Mas como não têm Plano nenhum, para esse efeito, logo se descaem e proclamam que o “DESEMPREGO” até uma Grande Oportunidade de Vida, e a realização pessoal e profissional está garantida para lá das nossas fronteiras!
Ponham-se ao largo! - gritam-nos os beatos de S. Bento e de Belém.
Talvez quem tenha de dar às de vila-Diogo, «rápido e depressa», sejam estes vendilhões do templo.
Até parece que não têm Mãe nem Pátria!
“MERCADORES DE MERDA”!
Luís Henrique Fernandes
castelo de monforte de rio livre
Águas Frias - Rio Livre - Tino
Rêverie Art - Fernando Ribeiro
Sítio das Ideias-Lamartine Dias
Andarilho de Andanhos-S. Silva
Asociación Cultural Os Tres Reinos
Amnistia Internacional - Chaves
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