“CHAVES COMODISTA”
A cidade é comodista.
Para poder contemplar a beleza da sua serra do BRUNHEIRO, ou regalar-se quando o Sol começa a espreitar de manhã cedo pelas ameias do CASTELO DE MONFORTE, cruza a perna sobre o rio e sabe escolher para rico descanso da sua cabeça aquela fofa almofada que é o território geográfico da FREGUESIA DE VALDANTA.
Depois têm-na a embalar-lhe o pensamento a poesia dos Blogues, trinada pelos rouxinóis da GRANGINHA e pelos refrãos dos B(o)leros de VALDANTA.
Amorrinhada com os mimos das suas gentes estica o braço até CASTELÕES, apanhando uma rodela de linguiça.
Refastelada, estica uma perna marota até SEGIREI puxando uma deliciosa alheira com o sorrateiro dedo grande do pé.
Faz que ressona (ó Ramon, já dormes?...) e vira-se para MOREIRAS, fisgando um olhar para os condados de NOGUEIRA DA MONTANHA, a ver onde pode deitar a fateixa a um salpicãozito.
Espreguiça-se, fazendo há-de conta que está a sonhar, para pegar num caneco de jeropiga das Terras de OURA, e surripiar uma canada do “Branco de ANELHE”.
Faz que acorda estremunhada, e logo reclama um “trigo de quatro cantos” de FAIÕES para acompanhar aquela pobre nesga de presuntito de SOUTELINHO, regadito com um com copo de tinto de AGRELA, a dobrar ou a triplicar, vertido de um pichorro enchido do pipote de estimação.
Cobra a décima de uma volta mirolhadora pelo Arrabalde, rua Direita subida, “Jardim do Bacalhau” espreitado, e passa pela “Pedreira do Baptista” olhando de esguelha para o “SPORT”, a catalogar os crónicos e os basbaques do costume e a tentar descortinar algum conhecido com quem meter laracha.
Arrebunha-se nos silvedos que cobrem o CASTRO DE CURALHA, a relíquia de “OUTEIRO MACHADO” e os moinhos do “Ribeiro de Avelãs”.
Distraída com as lengas-lengas impostoras de uns “carteiristas-ditos-políticos”, deixa-se açambarcar e rapinar por gosmistas de seu sangue e gananciosos estrangeiros.
Em nome de um capricho idiota de vínculo «partidarítico», de uma fé falsa em verdadeiras mentiras, até à falsa fé consente ser tratada.
Chaves é uma cidade lenta, atrasada.
Tem suportado, ao longo dos anos, com demasiado servilismo em nome de uma irracional ou irreflectida fé partidária emparelhada com a fé religiosa, de tal maneira que até as confunde, os suplícios consequentes das catadupas de asneiras, disparates, caprichos e golpadas com que os seus administradores a tratam.
Sem estrategista lúcido e conselheiros sensatos, tem estado entregue a um destino de «ao deus dará»!
Os que nos últimos decénios a têm governado têm-se apoiado e servido do cargo para serem venerados, pois pelo carácter e virtudes sabiam-se e sabem-se ignorados. Pequenos de alma e de mérito, incham-se no prazer pantomineiro de políticos de «trazer por casa» alimentando-se de estratagemas - estes maioritariamente menos dignos e honrados. Buscam a afirmação pessoal… e não pelo exercício legítimo das suas qualidades e competências…
A cidade é comodista.
Por aí triunfam os velhacos e prosperam os oportunistas.
Por isso nela medra gente tão reles!
CHAVES! Comodista!
COMO DISTA de um rico Passado histórico e de um Futuro brilhante!
Luís Henrique Fernandes
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