“POBRE REINO!”
Gostamos da NOSSA TERRA!
É o nosso maior pecado capital.
Das parcelas que compõem e integram Portugal, ninguém se atreverá a pôr em dúvida como sempre foi das mais generosas e das mais sacrificadas.
E custa-nos a ingratidão, e a insolência, até, com que tem sido tratada, particularmente, na nossa época.
Na verdade, nos decénios mais recentes tem sido aviltada, e mais ainda com as cínicas pantominas de uma Auto-estrada que a diminui para Vila Real e um Casino que nada diz à cidade e à Região. Este é um enclave da estratégia gananciosa dos «reis de qualquer coisa»; aquela assemelha-se ao atalho de Efialtes e que ajudou à «sangria» de importantes estruturas de apoio e desenvolvimento da Região.
E o que mais nos custa ainda, repetindo-o, é termos por aí, e daí, uma caterva de traidores, uns “merdosos” que envergonham a honra e o brio das ancestrais qualidades dos Transmontanos.
Videirinhos, têm sorte em que os da capital, sendo da mesma cepa, lhe aparam - e dão cobertura - o jogo.
Obrigam a população em idade activa a procurar a sobrevivência noutras paragens, ficando por aí os mais indefesos e menos capazes de os enfrentar - idosos, jovenzitos e crianças.
Claro, para apoio, arregimentam sempre um punhado de rendidos e uma mancheia dos da mesma laia.
A nossa Província, e particularmente a NOSSA TERRA, tem sido muito maltratada ao longo da História.
Para as guerras fronteiriças foi sempre de grande proveito para os castelões portugueses.
Para as viagens trágico-marítimas sempre alfobre de recrutamento de navegadores e conquistadores.
Para os finados do «Império», o canteiro onde mais flores colheram os “armadilhas” e os armadores desta Pátria infeliz.
As honras e os louvores a que a História lhe deu direito têm ficado metidos nas gavetas dos Palácios de S. Bento e de Belém.
As vias de acesso e de comunicação, os Centros de Estudo e Investigação, a rede Escolar e Hospitalar, o Desenvolvimento Agrícola, Industrial e Turístico são desígnios que, mais do que lhe terem sido reconhecidos, lhe têm sido sonegados!
Continuam adormecidos nas lengas-lengas bíblicas conformando-se com as labaredas do inferno de Hoje convencidos de que o Amanhã lhes trará o reino dos céus.
É um Povo resignado.
Ainda por cima com a maldição de ser aquele que mais facínoras gera, em cada palmo linear.
Já não admira, pois, que se afogue a Linha do Tua; que se envenene o Sabor; O Tâmega e o Beça; que se encerrem Hospitais e Maternidades; que se inquinem as águas Minero-medicinais do maior complexo do género no País; que se promova uma nova vaga de emigração e de desertificação das nossas ALDEIAS; que em nome de tecnológicos interesses e de interesseiras tecnologias transfiram as crianças e jovens em idade escolar para modernos gulags; e aos mais idosos lhe seja negado, proibido ou impedido o direito de uns anos de velhice que à Dignidade Humana pertencem.
TRÁS-OS-MONTES continua a ser o bombo da festa das cretinices, incompetências, maldades e raivazinhas políticas dos «berdamerdas» que, desde o Afonso Henriques têm administrado Portugal. E os da última “abriladona” têm-se mostrado os mais reles, lá isso têm.
E por aí ainda medram uns estuporzitos, com o vosso consentimento e alimento!
Pobre Reino Maravilhoso que está a acabar em reino vergonhoso!
Luís Henrique Fernandes
(1) - Foto de Fernando Ribeiro, do Blogue Chaves (http://chaves.blogs.sapo.pt/148812.html)
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