“Fogo-de-vista”
A Cidade CHAVES nem cresce nem minga - altera-se aos sobressaltos.
Os que têm tomado conta dela não é tanto para a cuidar, mas mais para a aproveitar para serviço e interesse da sua «quadrilha» partidária.
Chaves é uma cidade cujo crescimento e desenvolvimento urbanos poderiam e deveriam ser harmoniosos e amplos, pois as suas condições geográficas são francamente favoráveis.
Mas a tacanhez de espírito, a mediocridade de conhecimentos e a impreparação política dos que têm vindo a tomar conta dos destinos dessa Cidade e dessa Região, agravadas com a impetuosidade da soberba, da ganância e da insinceridade desses mesmos decisores, condenam CHAVES (cidade e Região) a esse aspecto de cidade «às três pancadas» e de Região «ao deus - dará».
Assim, não é de estranhar que pessoas que gostam mesmo de CHAVES (cidade e Região), e, dentre estes, especialmente, os que aí nasceram e aí foram criados, reparem não só nas grandes misérias que por aí saltam à vista, como também em ferretes isolados, que alguns consideram pormenores ou pequenas distracções licenciadas , que mais não são do que «o rabo de fora» de tristes cumplicidades … ou sinais em “faces ocultas”.
O Progresso de uma CIDADE tem consistência no Planeamento, e não no capricho balofo ou na golpada de ocasião, licenciados e consentidos por quem tem a OBRIGAÇÃO de saber o que anda a (DEVE) fazer.
O feudalismo mental continua a ser um baluarte para toda a prosápia da imbecilidade, da tacanhez de espírito e da grandiosa quão estúpida soberba de todos quantos se convencem que a História da Humanidade é neles, e só neles, que se realiza.
Do pouco que estudaram, aprenderam uma insignificância que aproveitam às mãos cheias para enfartar o seu insaciável ego eivado de mediocridade.
Na vida estão eles, cada um por si, eles, e, depois, os demais.
Nascem indivíduos, passam a trastes, nunca chegam a ser pessoa.
Embora visíveis a olho nu, o descaramento com que se revestem disfarça-os mais do que a pele do cordeiro ao lobo.
Afinal, não passam de caracaras apalhaçados com plumagem de araras.
Ao longo da História, e particularmente no pós-25, continuam a proliferar, porque este Povo hospitaleiro os hospeda com afecto e toda a ingenuidade.
Especialmente, aí por CHAVES, pela Normandia Tamegana, continue-se a pôr no poleiro os atletas pepe-rápidos da camaleonice politicastra, e cuja maior qualidade está chapada, chapadinha, no conceito que têm do desempenho das funções de edis: - entrar em gozo de férias graciosas, por períodos de quatro anos, com todas as loucuras e lucros já metidos na conta … de quem tem de os «gramar»!!!
Queremos todo o merecimento para os nossos NORMANDO - TAMEGANOS.
Por isso, e para isso, jamais devem deixar-se atrair, e cair, na escravidão de petimetres neróides.
A esses filauciosos e fementidos, o nosso amigo Zeus manda avisar que basta esse disparate para lhes retirar metade do mérito que têm.
Assim, dizei lá, o que vos resta? - Ter cá, nesta vida uma imerecida e efémera glória, e Lá, na outra, o inferno atiçadinho!
Chega para ganharem Juizinho?!
Safaditos!
Nem só os que «fizeram alguma coisa por CHAVES» têm o direito à apreciação, à crítica, à reprovação ou ao louvor do que por aí acontece.
Mesmo quem nunca tenha feito “coisa alguma que se veja”, ao comentar, com empenho e seriedade, a vida da “NOSSA TERRA” já está a dar um contributo.
E há muitas maneiras de colaborar sem dar nas vistas.
Nem só em pôr-se em bicos de pés é que se tem mais visibilidade.
Muitos de nós não dão esmola, nem se põem com a lenga - lenga ao coitadinho, só quando sentem muita gente a olhar.
Conduzir a cidade e os cidadãos para as derrotas e a catástrofe é fazer algo de meritório?
Dar cabo das “Freiras”, dos Jardins, deixar «roubar» o Hospital, construir mamarrachos, levar o saneamento à GRANGINHA fora de horas e a conta-gotas, não cuidar minimamente do património histórico, promover vergonhosas feiras de sabores e medievais, provocar os artistas locais com exposições pomposamente anunciadas e descaradamente de portas trancadas; não promover, na verdade, a CIDADE (repetimo-nos, mas temos de lembrar que sempre que escrevemos CIDADE, ou CHAVES, com letras maiúsculas queremos dizer, a cidade, as vilas, as Aldeias, enfim, todo o Município); sacrificar os legítimos interesses regionais a favor de caprichos, conveniências e «jogadas» partidárias; aceitar que quase se neutralize um dos principais pólos termais e turísticos do País; não criar as mínimas perspectivas de emprego para os jovens que aí concluem os estudos; não lutar pela instalação de uma Instituição de Estudos Superiores; continuar a consentir a desertificação das Aldeias e pouco ou nada se fazer pela melhoria das condições de vida dos mais Idosos e doentes; não preservar Povoados, que tanto o merecem; não melhorar acessos com tão gritante necessidade; consentir o roubo de Baldios, construções abusivas; fazer Polis aldrabados; atrasar e dificultar as decisões administrativas a qualquer cidadão e, particularmente, aos Emigrantes; proteger delambidamente os que aí se instalam para comercializar e abandonar ostensivamente os produtores locais; enfim, estas e outras atitudes é que são a expressão válida e valorosa do que SE FAZ POR CHAVES?!
Contentam-se com fogo - de - vista?
M., 19 de Abril de 2014
Luís Henrique Fernandes
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