“A OLIVEIRA de OUTEIRO SECO”
As cerdeiras de OUTEIRO SECO deviam ter os privilégios da oliveira (na Grécia Antiga: quem lhes tocasse por maldade era entregue à Justiça)!
E as oliveiras de CHAVES, ora vejam pela amostra deste Blogue, uma de OUTEIRO SECO, como são lindas!
“ ’Intigamente” até tinham o condão de bastar uma lasca do seu tronco ou de um galhito para combater o veneno e a peçonha que por aí, por algures ou nenhures, andasse à solta.
“Agôra”, a peçonha e veneno «à balda», espalhados com a falsa água-benta do «abade da Vila da Ponte» e adubados com o excrementos do «pavão de Castelões», nem com receita de ‘stadulho (ainda os haverá?!), nem de pau de marmeleiro, nem, tampouco, com….o voto!....
O meu amigo Zeus, numa daquelas “Conversas” que de vez em quando tem comigo, disse-me que, no tempo do respeito, a oliveira estava consagrada à minha comadre Atena.
Zeus até me contou, em confidência (mas deu-me autorização para eu divulgar num Blogue à escolha) que, tendo oferecido umas férias à sua ‘”stremosa” filha, e como prémio por ter ajudado Hércules a vencer o «Leão de Nemeia» e os «Pássaros de Estinfalo» (desgraçadamente para os Flavienses escapou um descendente híbrido, transformado em «pavão de Castelões»!), trouxe-a à NORMANDIA TAMEGANA, onde lhe mostrou: o planalto onde seriam erguidos ”O Penedo dos Três Reinos”; os Montes onde se levantaria o mosteiro de Pitões das Júnias; a canelha onde seria posta a maior mesa de comezaina, no Couto de Dornelas; a «Fenda de Eva» feita num pedacinho de jardim, onde todos os monumentos de culto seriam construídos uns sobre os outros, conforme o império de cada civilização, e que acabaria por resultar num riquíssimo testemunho histórico deitado ao abandono e ao desinteresse dos «homens da CULTURA» do País a que pertence, e de seu nome CAPELA da GRANGINHA; marcado no chão, o ponto exacto da primeira pedra para a futura Igreja em honra de uma Senhora da Azinheira (Zeus e Atena gostavam das árvores. Então das de fruto!...); marcou as fundações de uma futura fortaleza, ‘inda por cima com uma preciosa vista panorâmica, chamada “CASTELO de MONFORTE de RIO LIVRE”; assinalou as nascentes de águas milagrosas de Soutelinho da Raia, de Segirei, de Carvalhelhos, de Salus, de Campilho e de Vidago , e «as de mais virtude» (um pouco acima da futura famosa Azenha do Agapito), para desgosto de Poséidon e do seu tridente.
Encantada, Atena correu atrás dos tordos que voavam no céu de Faiões, pinchou o Tâmega para o outro lado, descansou à sombra de um sabugueiro ali no sítio de Vale Salgueiro. Entretida a fazer uma varinha mágica, copiada mais tarde pelo Harry Potter, reparou numa oliveira bravia, com flores tão lindas como as que se podem ver nos «retratos» deste Blogue de AQI.
Enfeitiçada, colheu um rebento e levou-o consigo para o Olimpo.
Aí, num enorme canteiro dos seus jardins, plantou e enxertou a oliveira (um aldeão de Outeiro Seco ensinara-lhe a arte!...).
Na competição para deidade protectora de uma poderosa cidade da Ática apareceram dois candidatos: Poseidón e Atena. Cada um teria de oferecer um presente à cidade.
Poseidón exibiu o «tridente»; Atena, um raminho com flor de oliveira levado de “OUTEIRO da VÁRZEA do TÂMEGA”.
Atena venceu. Um voto de diferença deu-lhe a vitória (as mulheres votaram todas em Atena; os homens, todos em Poseidón!).
Poseidón, cheio de raiva invejosa e de inveja raivosa, espetou o tridente no chão e fez rebentar nascentes de água salgada e badalhoca, inundando toda a Região.
Para acalmar Poséidón, as mulheres concederam perder o direito ao voto (veja-se o prejuízo que daí resultou!) e comprometeram-se a não dar aos filhos o nome derivado do da mãe (vá lá que «agôra» já está a cair em desmoda tal arrepio!).
Atena era e foi «virgem» para sempre.
A flor da oliveira era o símbolo da sua «virgindade».
Em honra de Atena, e pela delas próprias, quando «iam ao altar» (antes disso passavam a vida nos confessionários .... dos deuses, antes, nos dos seus representantes, depois!...) as «noivas» levavam ao peito uma flor de laranjeira a de oliveira era exclusivo de Atena!
Para lembrar a visita de tão distinta deidade, “Os de Outeiro da Várzea”, passaram a dar ao seu termo o nome de “OUTEIRO SECO” e sublimaram o nome da oliveira e da laranjeira em Azinheira.
Em honra de tão rica protectora, os “Outeirenses d’AQI” ergueram um templo, que o tempo estragou e os trânsfugas de CHAVES deixaram pilhar … para enriquecimento de umas prestigiadas Adegas (armazéns de luxo) chamados Museus!
Mas que ficavam melhor por ali, aí, à beirinha do Tâmega e na NOSSA TERRA, ai isso é que ficavam!
E, alumiadas por lamparinas com azeite de OUTEIRO SECO, então é que teriam cá um brilho!
M., 24 de Maio de 2014
Luís Henrique Fernandes
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