No passado dia 24, o Diário Atual publicava uma entrevista com o presidente da Câmara publicitando que haveria “Investidores com interesse no Parque Industrial de Chaves”.
Fonte: Diário @tual, 24 de Março de 2018
Ainda bem, digo eu. Até seria bom que em vez de estarem interessados no “Parque Industrial de Chaves”, estivessem apenas interessados em alguns lotes de terreno desse mesmo “Parque”, pois sempre seria uma forma de limparem o mato, as lixeiras e a poluição que o Município lá tem instalado, de forma sistemática e intencional.
Estranho é começarem por dizer que, para além da “Plataforma Logística” e do “Parque de Atividades de Chaves”, o tal “Parque Industrial de Chaves” é também composto pelo “Mercado Abastecedor”.
Fonte: Google
O que se sabe é que, e suponho que excluindo aquilo que foram pagando aos iluminados gestores que lá estiveram, pelo menos, foram lá gastos 3.849.152,75 euros, mas toda a gente sabe que não há “Mercado Abastecedor” nenhum. O que há naquele espaço é um conjunto de armazéns que deveriam destinar-se ao comércio por grosso, mas onde, sucessivamente, têm sido instaladas pelo Município, do meu ponto de vista ilegalmente, empresas industriais que segundo dizem não têm pago (ou não pagaram) as rendas (RTP Notícias, 12 de Janeiro de 2017).
Mais estranho ainda é que refiram os “pontos fortes” como sendo a proximidade dos parques da fronteira e de uma autoestrada “que faz a ligação ao centro da Europa” (e mais além…), “a um aeroporto e a um porto…” (e a praça de táxis, e aos TUC da AVT, e…), “a existência de uma Escola Profissional e de um Centro de Formação” (e… aqui não sei o que mais há…para além da "Escola Superior de Saúde"), mas não refiram a sua proximidade ao “Museu da água e dos esgotos”, infra-estrutura esta em que investiram diariamente ao longo de mais de 10 anos. Só pelo facto de os seus antecessores/opositores terem contribuído com mais dias de poluição para esse “Museu” (3655 dias do PSD, face aos 157 dias do PS), não lhes podem retirar esse mérito, nem esconder essa informação. Isto é inadmissível.
E os “pontos fracos”? Será que o Município informou os potenciais investidores interessados de que a maioria das infra-estruturas instaladas no “Parque Industrial de Chaves” estão destruídas ou não funcionam? Será que também os informaram de que o Município não pretende tratar os efluentes das empresas que lá instalarem, tal como não o têm feito até à data, embora, independentemente disso, tenham de pagar as taxas de saneamento e resíduos? Será que os informaram que a tal “autoestrada” não lhes permite ir directamente, por exemplo, até à Austrália ou à Nova Zelândia? Sei lá, mas tudo isso são informações importantes.
Mas a rainha das “estranhezas” é que, entre os vários critérios de avaliação, os potenciais investidores interessados vão ver as suas propostas apreciadas em relação ao “impacte ambiental” pelos mesmos indivíduos que diariamente, ali ao lado, despejam esgotos sem tratamento na água e terrenos circundantes. A questão nem está em se o podem fazer, porque pelos vistos podem fazer o que querem, mas sim se têm competência para fazê-lo, porque à vista está que de incompetência estão o ambiente e o Rio Tâmega cheios desde 2007.
Fonte: Imagem de fundo e notícia Diário @tual, 11 de Março de 2017
Para ver mais fotos de mais de 10 anos de poluição diária (desde 20 de Outubro de 2007) siga a ligação: http://outeiroseco-aqi.blogs.sapo.pt/tag/esgotos
Fica o contador actualizado:
Nº de dias de poluição (desde 20102007) = 3812 dias (PSD 3655; PS 157)
Nº de dias de atraso da obra do emissário (desde Junho de 2017) = 300 dias (PSD 143; PS 157)
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