Começou ontem às 16.00 horas e terminou às 20.00 horas o primeiro dia do V Encontro Internacional de Capoeira em Chaves. À semelhança dos anos anteriores, o público que esteve presente pode contemplar uma exibição de Capoeira, com a participação de vários atlelas vindos dos mais diversos pontos do país e estrangeiro.
Este evento teve lugar no Jardim Público (junto ao coreto). Hoje, no mesmo local e com início à mesma hora, terão lugar as provas para atribuição de cordas aos capoeiristas que sobem de grau.
Como o Tiago era um dos atletas a participar nesta exibição, não podia faltar. Ontem portou-se bem, veremos hoje...
AS TAINADAS EM 1960
Continuamos ainda nos anos 60, rico em várias histórias, Outeiro Seco não fugia à regra. Nesta bela aldeia a escassos quilómetros de Chaves, muitas das vezes se assistia a verdadeiras risotas.
Sempre houve em todas as aldeias, como em Outeiro Seco, quem gostasse de fazer umas tainadas, à custa do alheio, reunindo-se para isso um grupo de amigos, e elegendo um determinado alvo. Mas este trata-se de um caso que vai parar as mãos da G. N. R..
Estávamos no mês de Dezembro, frio por natureza e convidativo a lareira e a um bom repasto, acompanhado de uma boa pota de vinho, era ano de 1960, já nos finais.
O José Chaves, mais conhecido na aldeia pelo (Zé Rico), tinha no lugar do Forno, perto de casa onde vivia umas galinhas, que entravam e saiam por um buraco na porta de madeira. Essas galinhas durante o dia andavam pela rua, como era costume na aldeia, e à noite recolhiam ao lugar de pernoita (lugar do Forno).
O alvo foi seleccionado e pensado pelo grupo de amigos das tainadas. Pelas 2 horas da manhã as galinhas sumiram do lugar do Forno. Tendo o José Chaves dado conta de uns barulhos, mas não ligou pois a noite estava fria.
Quando pela manhã foi ao dito lugar, dar de comer as galinhas, notou que faltavam duas. Procurou e não as encontrou, lembrou-se do barulho que sentiu quando estava na cama, verifica junto à porta e há vestígios de penas.
Chega a casa, comenta com a mulher (Natália), a falta das galinhas. Mas o José Chaves tinha cá umas desconfianças, e não pensou mais, avisa a Natália que vai à cidade dar parte à GNR, pois não se iriam rir dele.
Pôs-se a caminho da cidade, dirigiu-se ao posto da GNR. Já no posto apresentou queixa. O comandante do posto procurou-lhe se desconfiava de alguém. Ao qual respondeu que sim! Quem?. O José Chaves fica na dúvida sim ou não. Mas lá responde na sua calma,
- “São meus vizinhos…”
e desembucha:
- “É o Guilhermino Chaves, a Maria Chaves e o Jacinto Chaves, a Ana Chaves e o António Moura.”
E assim ficou.
Mal o José Chaves chega a Outeiro Seco, já a GNR lá estava. O Sargento da GNR, mais duas praças começaram o interrogatório e a respectiva investigação.
Ora vira para aqui, vira para ali e nada de nada. Pois já passava do meio da manhã e nada de se descobrir as galinhas, na aldeia tudo procurava o que se passava.
Muito rápido o Sargento, chama as duas praças, diz-lhe para o acompanharem até casa do Guilhermino Chaves, entram na cozinha encontram três potes ao lume. O Sargento começa a correr a cozinha, espreita aqui, espreita ali, nada de nada, verifica o primeiro pote e nada, o segundo e nada, ao verificar o terceiro pote, qual o seu espanto, aí estavam as galinhas já a serem cozinhadas.
O Sargento não esteve com meias medidas, apreendeu as galinhas, e devolveu-as ao José Chaves.
E lá se foi a tainada, pobre estômago, que apenas se ficou pela sopa. E esta hem!!!!!!
João Jacinto
castelo de monforte de rio livre
Águas Frias - Rio Livre - Tino
Rêverie Art - Fernando Ribeiro
Sítio das Ideias-Lamartine Dias
Andarilho de Andanhos-S. Silva
Asociación Cultural Os Tres Reinos
Amnistia Internacional - Chaves
Amnistia Internacional - Blogue
DIGIWOWO - Artigos Fotográficos
RuinArte - Gastão de Brito e Silva